A tipologia dos membros do Conselho de Administração

REFLEXÕES SOBRE EMPRESAS FAMILIARES

O Conselho de Administração da empresa, ao ser o responsável máximo pela sua condução e, consequentemente, grande impulsionador da sua sustentabilidade e continuidade, deve ser um órgão constituído por elementos com diversidade de perfis e com um enorme sentido de responsabilidade.

O estudo da Russel Reynolds analisou diversas caraterísticas, tendo refletido as seguintes proporcionalidades:

Familiares representantes dos sócios – cerca de metade dos administradores;
Independentes – um valor próximo de um terço dos membros;
Executivos não familiares: aproximadamente 15% dos elementos;
Outros representantes dos acionistas – menos de 10%.

Como os dados foram detalhados por países de origem das empresas, uma análise mais detalhada permite também salientar que nos Conselhos de Administração:

Os membros familiares representados vão desde um mínimo de cerca de 25%, em França, a um máximo de 62% em Espanha;
Os administradores independentes são cerca de 17% em Espanha, em detrimento dos 51% da Alemanha;
Os executivos não familiares variam entre os 9% de Espanha e os 15% de Itália.

Uma análise idêntica à empresa familiar Mota Engil, suportada no relatório do governo da sociedade de 2015, espelha os seguintes dados:

Os administradores não familiares são quase o dobro dos familiares;
Os membros independentes são menos de 20%;
Os executivos são essencialmente elementos não familiares.

Uma diversificação e independência dos administradores, quer relativamente à empresa quer à família, facilita as tomadas de posição de uma forma mais isenta e conducente com os interesses da própria organização, pelo que são caraterísticas que devem ser devidamente asseguradas.

Temas para reflexão: