China ultrapassa Europa no investimento em I&D;

GS1 Portugal-Codipor realizou Quinto Congresso Nacional
China ultrapassa Europa no investimento em I&D
“A China está a preparar-se para ultrapassar os Estados Unidos no número de registo de patentes”, afirmou Paulo Portas.
Paulo Portas realizou uma das intervenções de maior destaque no Congresso Nacional da GS1 Portugal-Codipor ao dizer que a Europa foi ultrapassada pela China no que diz respeito a investimento em I&D.
“A China foi o país que melhor surfou a globalização e que mais surpreendeu o mundo na economia digital, estando a preparar-se para ultrapassar os Estados Unidos no número de registo de patentes”, afirmou.
A GS1 Portugal-Codipor, entidade responsável pela introdução do código de barras em Portugal, reuniu mais de 400 participantes no Quinto Congresso Nacional que, este ano, teve por tema “(Des)codificar o Futuro. Estilos de Vida e Digitalização. Desafios, Modelos de Oferta e Consumo”, com o objetivo de debater os desafios e o impacto do acesso cada vez mais transversal à tecnologia nas novas formas de consumo, bem como as oportunidades que este fenómeno oferece aos negócios. 
O Congresso Nacional da GS1 Portugal contou com um painel composto por especialistas em diversas áreas que, ao longo de todo o dia, abordaram e discutiram a temática da transformação digital e o impacto desta revolução nas empresas e nos consumidores. 
Durante a manhã, passou pelo palco do Grande Auditório do Campus da NOVA School of Business and Economics (SBE), em Carcavelos, Paulo Portas, vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa.  Na sua intervenção, apresentou as chaves de interpretação para o mundo da globalização e da digitalização. Destacou que o mundo das empresas tecnológicas é um campeonato entre os Estados Unidos e a China, e alertou para o facto de a Europa ter sido ultrapassada no que diz respeito a investimento em I&D, surgindo em quarto lugar atrás do Japão, Estados Unidos e China. Neste âmbito, salientou que “a China foi o país que melhor surfou a globalização e que mais surpreendeu o mundo na economia digital, estando a preparar-se para ultrapassar os Estados Unidos no número de registo de patentes”, destacando a Huawei como sendo a empresa que, em todo o mundo, mais investe em I&D. 
O ex-vice-primeiro-ministro alertou, também, que o comércio foi durante muitos anos o motor para o crescimento global, mas que deixará de ser, o que poderá ser crítico. De acordo com dados da Organização Mundial do Comércio, segundo o barómetro do 3º trimestre, regista-se uma tendência de crescimento do comércio internacional de 1,2%, muito abaixo do previsto. 
 
Cibersegurança é um fator de sobrevivência das empresas
 
 Outro tema abordado foi a “Capacitação Nacional em Cibersegurança”, com a intervenção do Tenente-Coronel Rogério Raposo, coordenador de operações do Centro Nacional de Cibersegurança. O responsável salientou que a Cibersegurança é um fator de competitividade e de sobrevivência das empresas e, por isso, deve ser uma prioridade para os gestores: “A segurança digital das entidades públicas e privadas é uma prioridade. Sem um elevado nível de maturidade em cibersegurança nas nossas organizações, não estão reunidas as condições para um efetivo e sustentável desenvolvimento económico”. O orador reforçou o papel do CNCS para apoiar as organizações, disponibilizando um guia para a sua capacitação. 
João de Castro Guimarães, diretor-executivo da GS1 Portugal – Codipor, faz um balanço bastante positivo deste Congresso. Para o responsável, “a partilhar e a debater é que se consegue evoluir nas questões digitais. Foi com base nesta premissa que nos propusemos trazer a debate a digitalização, explorando este tema sob diversas perspetivas, ao longo de todo o dia. Reunimos um painel de especialistas que abordou temas como a transformação digital na sociedade e nas empresas, o papel do consumidor neste novo paradigma, os desafios dos novos modelos de oferta e consumo, a inteligência artificial e a capacitação nacional em cibersegurança”.
 
Tecnologia pode otimizar os processos
 
A fechar a manhã do Congresso, assistiu-se ao painel de debate sobre o tema central “O Consumidor no Centro da Transformação Digital”, que contou com a participação de Pedro Salter Cid, diretor-geral da Auchan Retail Portugal, Rui Miguel Nabeiro, administrador da Delta, Manuel Sousa Pinto, administrador da Sogrape Distribuição, SA, José Fortunato, administrador da Sonae MC, António Casanova, CEO da Unilever, FIMA e Gallo, e Luís Mesquita Dias, diretor-geral da Vitacress Portugal, com moderação de Rosália Amorim, diretora do “Dinheiro vivo”.
As sessões da tarde iniciaram-se com a intervenção de Paula Panarra, diretora-geral da Microsoft Portugal, que alertou para os “mitos e receios, ética e oportunidades” da Inteligência Artificial. A especialista destacou os benefícios da aplicação da Inteligência Artificial na gestão dos negócios no setor do retalho, salientando as suas vantagens em todos os processos, desde o contacto com o fornecedor até à experiência de compra do consumidor. Paula Panarra garantiu que a tecnologia pode otimizar os processos, ajudando a reduzir o trabalho manual, o erro e o tempo alocado a uma tarefa. 
 
Empresas partilharam conhecimento
 
João de Castro Guimarães, diretor-executivo da GS1 Portugal – Codipor, faz um balanço bastante positivo deste congresso. Para o responsável, “a partilhar e a debater é que se consegue evoluir nas questões digitais. Foi com base nesta premissa que nos propusemos trazer a debate a digitalização, explorando este tema sob diversas perspetivas, ao longo de todo o dia. Reunimos um painel de especialistas que abordou temas como a transformação digital na sociedade e nas empresas, o papel do consumidor neste novo paradigma, os desafios dos novos modelos de oferta e consumo, a inteligência artificial e a capacitação nacional em cibersegurança”. 
O 5º Congresso GS1 Portugal - Codipor teve o alto patrocínio da Presidência da República Portuguesa e contou com parceiros como: Saphety, Informa, Nova SBE, Central Cervejas e Bebidas, CHEP, Coca Cola, Generix, Marktest, Nestlé, Peugeot, Unilever, Vitacress, Checkpoint, Delta Cafés, Sociedade Ponto Verde, Sogrape e o apoio da DSPA e FIPA.   

 


Susana Almeida, 17/10/2019
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