Os líderes de uma organização são constantemente confrontados com um dilema relativamente ao seu negócio: apostar em estratégias de curto prazo ou de maior longevidade. Sendo qualquer uma delas defensável, e em muitos casos complementares, pois não se chega ao futuro num único salto, a existência de uma visão clara, devidamente partilhada e implementada é um grande suporte para a continuidade duma entidade.
Esta visão de longo prazo é uma caraterística reconhecida e muito presente nos líderes das empresas familiares.
É ela que, ao marcar um rumo, permite que se caminhe com objetivos claros; que imprime uma paixão e ligação única à empresa; que leva a não se ceder a muitas e por vezes irresistíveis tentações de ganhos imediatos; em suma, que ajuda a suportar a ideia de sobrevivência contínua e, no caso especial dos negócios familiares, nas mãos da família por muitas gerações.
Temas para reflexão:
- Qual a nossa visão do negócio?
- É sustentável no longo prazo?
- O que fazer para a comunicar, implementar e fortalecer?
Fundada em 1966 por Carlos Rego, estrategicamente posicionada no Louro - Famalicão, entre a maior área têxtil nacional entre o Cávado e o Ave, desde cedo apostou no automatismo na produção de botões.
Iniciou o seu processo de internacionalização em meados da década de 90 e, quando todos os outros estavam a sofrer com a crise na área têxtil, a visão dos seus proprietários levou-os a fazer novos investimentos e apostarem de forma contínua na inovação – era a única saída para uma entidade que vendia 85% no mercado nacional.
Esta posição, contrária à do mercado, e após investimentos de 10 milhões de euros, permitiu-lhe inverter a totalmente a situação e alcançar resultados invejáveis:
uma quota de 75% do mercado nacional correspondente a cerca de 15% da sua faturação,
botões ecológicos biodegradáveis resultantes de uma tecnologia patenteada e única no mundo,
vendas em mercados de mão de obra barata como a China e Índia, maior produtora mundial dedicada exclusivamente a botões e fivelas.
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