Eu gostaria de trabalhar numa empresa familiar porque… (I/VI) … possui perspetivas de mais longo prazo
A envolvente económica e a grande competitividade empresarial são dois elementos que em muito influenciam a evolução futura de qualquer organização, e em muito condicionam os pensamentos e os planos de evolução futura.
Contudo, também é uma verdade de “La Palisse” que, se não existirem metas ou objetivos para distintas etapas cronológicas, será extremamente difícil navegar à vista e validar se o rumo tomado está de acordo com o pretendido.
As empresas familiares, ao serem um barco que também navega por este imenso oceano dos negócios, apresentam uma caraterística que lhes é peculiar: objetivos de longo prazo. Estes pontos de alcance temporal dilatado são normalmente associados a duas atitudes, distintas ou complementares:
Navegar com cuidado e muita prevenção contra adversidades;
Portos longínquos que tardam a ser alcançados.
Esta caraterística foi a mais referida pelos participantes no estudo da Egon Zehnder, quando inquiridos sobre o principal motivo pelo qual gostariam de trabalhar numa sociedade de índole familiar, com especial relevo para as pessoas geograficamente localizadas na Ásia-Pacífico e Europa.
As empresas familiares, ao serem um barco que também navega por este imenso oceano dos negócios, apresentam uma caraterística que lhes é peculiar: objetivos de longo prazo. Estes pontos de alcance temporal dilatado são normalmente associados a duas atitudes, distintas ou complementares:
Navegar com cuidado e muita prevenção contra adversidades;
Portos longínquos que tardam a ser alcançados.
Esta caraterística foi a mais referida pelos participantes no estudo da Egon Zehnder, quando inquiridos sobre o principal motivo pelo qual gostariam de trabalhar numa sociedade de índole familiar, com especial relevo para as pessoas geograficamente localizadas na Ásia-Pacífico e Europa.
Em 1842 nasceu, pelas mãos do holandês Franciscus Marius Niepoort, uma empresa independente de vinho do porto, atualmente liderada pela 5ª geração da família Nieeport. Eduard, líder da 3ª geração, homem com uma enorme paixão pela qualidade, tinha o desejo de produzir o melhor Tawny do mundo, o que deu origem, no início do Séc. XX, ao VV - Vinho Velho. Aquando da comemoração dos seus 170 anos, a companhia decidiu engarrafar 999 garrafas do “novo” velho VV. A base que constitui este “blend” é um vinho fino de 1863, de altíssima qualidade, que envelheceu em pipas até 1972 (109 anos!), tendo sido depois “engarrafado em demijohns” (garrafões soprados de vidro verde-escuro, adquiridos no final do séc. XIX a uma vidreira alemã, com capacidades entre 8 a 11 litros). Este é um vinho feito a pensar nas gerações vindouras e com o objetivo de demonstrar a intemporalidade do grande Vinho do Porto. Quando confrontados com a pergunta “existem vinhos perfeitos?”, a reposta costuma ser que não devem existir, porque é sempre possível fazer melhor… Mas o novo VV parece estar muito próximo dessa perfeição: se desejar validar essa afirmação basta despender € 1550 (garrefeiratiopepe.pt) para adquirir uma garrafa e desfrutar! |
Temas para reflexão:
Na nossa empresa qual é o significado de longo prazo?
A nossa visão, missão e valores são congruentes com essa longevidade?
Os nossos empregados, fornecedores e clientes estão cientes desse alinhamento?
António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
pt.linkedin.com/in/antonionogueiradacosta/
http://www.facebook.com/ajncosta
Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Santiago – Porto www.efconsulting.pt
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