O empresário familiar possui uma excelente capacidade estratégica;

Reflexões sobre Empresas Familiares
O empresário familiar possui uma excelente capacidade estratégica

Não é necessário qualquer esforço para se reconhecer que o empresário familiar é uma pessoa com talento para os negócios. Mas em que é que se traduz esta habilidade?
De uma forma muito simplista, podemos dizer que o empresário é alguém que tem um sonho, de certa forma a visão empresarial, que pretende ver concretizado. Para isso tem de reunir um conjunto de recursos financeiros e pessoas que, de uma forma concertada, deverão exercer um conjunto de atividades que permitirão satisfazer as necessidades de um determinado conjunto de clientes.

A forma como todos estes elementos vão interagir, no sentido de assegurarem a captação e manutenção de fluxos contínuos entre a organização e os seus clientes, gerando um determinado conjunto de receitas e assegurando assim a sua perenidade e alcance da visão, pode ser apelidada de uma estratégia.
Como é natural, existem milhares de opções de combinação dos distintos fatores, pelo que, mesmo que com os mesmos recursos, basta um líder distinto, num distinto momento, para se ter uma diferente via de alcançar o sonho.
Qual será então a melhor estratégia?
Não existem respostas únicas, nem fiabilidade em determinar se uma estratégia é ou não errada, pois na realidade só saberemos qualificá-la no futuro, quando se for analisar se ela permitiu ou não alcançar o objetivo para o qual foi implementada.
Aliás, facilmente se conseguem identificar empresas, a atuar teroricamente na mesma área de negócio, com estratégias completamente opostas e ambas a terem sucesso: vestuário de baixo ou de alto custo; restaurantes de chefe vs comida rápida; etc.
 

Marcel Botton

“Meu filho o plástico não tem futuro!”
Foi esta a frase do pai de Marcel Botton, quando este lhe propôs fundir o negócio de ampolas de vidro (Sotancro) com o de embalagens (Titan).
A sua decisão foi dedicar-se de corpo e alma ao “não futuro: os plásticos”.
O resultado, depois de muitas peripécias, não podia ser mais brilhante – concebeu e desenvolveu o conceito inovador in-house production que levou ao arranque da Logoplaste. Esse modelo, baseado no conceito hole in wal”, pressupõe instalar as unidades de produção de embalagens ao lado das fábricas para as quais as fornecem, mantendo-se, contudo, juridicamente independentes. Estava assim criado um novo modelo de negócio que não só reduzia os riscos como também contribuía para um aumento significativo de eficácia, instalando as unidades de produção junto dos clientes, reduzindo ou eliminando as questões logísticas ligadas à entrega de produtos acabados.
Hoje gere mais de 60 fábricas em 4 continentes e 18 países, e é a nº 1 nas operações hole-in-wall na Europa e Brasil.  


















 

Temas para reflexão:

• Qual a visão que temos do nosso negócio?
• A estratégia que seguimos é a única ou a mais adequada?
• O que poderíamos fazer?

António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.es


Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Santiago – Porto   www.efconsulting.pt
 
 
 

 

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