Desperdício 4: as empresas familiares tratam bem os seus empregados;

REFLEXÕES SOBRE EMPRESAS FAMILIARES
Desperdício 4: as empresas familiares tratam bem os seus empregados
Falar de empregados numa empresa familiar é, frequentemente, ser confrontado com a afirmação “fazem parte da família”. 
 
Nas últimas décadas têm sido frequentes os estudos e reforçada a ideia de que um dos diferenciadores de uma qualquer organização são as suas pessoas. A facilidade de acesso a conhecimento e a tecnologias, muitas vezes sinónimo de barreira protetora, veio reforçar o papel essencial da pessoa. É esta quem tem a possibilidade de gerar múltiplas combinações de tecnologias e processos para criar produtos distintos e melhor satisfazer as necessidades do mercado.
O estudo “Edelman Trust Barometer 2017. Special Report: Family Business” desenvolvido pela Edelman, em 2017, efetuou uma análise que permitiu identificar os principais atributos nos quais as empresas familiares possuem uma excelente performance, quando comparadas com as não familiares, a partir de uma comparação interessante: os clientes que sabiam que a sua aquisição tinha sido concretizada a uma empresa familiar dos que não conheciam esta sua particularidade.
Relativamente ao bom tratamento dos seus empregados, cerca de metade dos inquiridos indicou saber que se tratava de empresas familiares; no entanto, cerca de um terço desconheciam esta sua origem.
Tratar bem os colaboradores é uma variável que influencia um bom serviço ao cliente final, o que também é um apanágio das sociedades familiares, pelo que estas empresas não devem desperdiçar a oportunidade de comunicarem esta significativa singularidade.

Cassiano Alves Bandeira faleceu aos 87 anos, em fevereiro de 2020. Natural de Esporão, concelho de Góis, lançou a primeira estação de serviço em 1975.
Liderou a Alves Bandeira durante mais de 30 anos e, nos últimos anos e sem assumir qualquer papel ativo na gestão do grupo, nunca deixou a sua rotina de ir diariamente para os escritórios de Vale de Vaz.
Este empreendedor era caraterizado pela humildade e pela proximidade que mantinha com os empregados, clientes e fornecedores, o que contribuiu para enfrentar e ultrapassar as múltiplas dificuldades e criar o Grupo Alves Bandeira: 16 empresas que empregam mais de 800 funcionários.
Um forte crescimento foi alcançado em 2014 com a fusão com a Petroibérica (da família Monjardino).
Numa entrevista, em 2017, salientou: “Não somos nada sem os funcionários. Fui empregado até aos 26 anos, sei o que é ser empregado e sei o que é ser patrão. Só juntos, patrão e funcionários, conseguiremos continuar este trajeto de sucesso.”

Temas para reflexão:
 
  • Qual é a nossa política de relacionamento com os empregados?
  • Os clientes identificam-nos como uma empresa diferenciada pelo serviço prestado pelos colaboradores?
  • Existe oportunidade de potenciar esta força do potencial humano que bem sabemos gerir?

António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
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Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
http://www.efconsulting.pt
 

 

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