Projeto de estudantes universitários previne entrada de plásticos nos oceanos;

Inovatecos vencem Inovathon Ocean Edition 2019
Projeto de estudantes universitários previne entrada de plásticos nos oceanos
As três equipas têm agora 12 meses para desenvolver, testar as suas ideias e transformá-las em protótipos no CEiiA.
Os Inovatecos, a equipa do Instituto Superior Técnico, venceram a maratona tecnológica de 24 horas, Inovathon Ocean Edition 2019, organizada pelo CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto e pela plataforma Global Compact das Nações Unidas. 
 
O projeto mais votado pretende resolver o problema do plástico nos oceanos.
“Desenvolvemos um sistema para ‘gamificar’ e premiar todos os consumidores pelas suas escolhas sustentáveis. Cada vez que fizermos uma compra sustentável – em vez do produto com embalagem de plástico, optarmos pelo papel, por exemplo – vamos ganhar pontos. Esses pontos trazem benefícios. Beneficiamos o consumidor, como a própria superfície comercial, pois incentivam o consumo de bens sustentáveis, fidelizando o cliente e, no final todos ganham”, explicou o porta-voz da equipa Gil Coelho.
Este jovem estudante adiantou ainda que o objetivo, quando se processa uma compra em supermercado, é associar a fatura à APP e creditar o número de Oceanos, a moeda virtual lançada pelos Inovatecos. 
´Mas as respostas para a sustentabilidade dos oceanos podem vir também de uma plataforma  sobre espécies marinhas com fins científicos (proposta dos biólogos da Ocean Keeper’s) ou até de uma aquacultura em parques eólicos offshore (proposta dos Storm Breakers). 
No fundo, estas foram as três ideias vencedoras entre as 20 apresentadas por mais de uma centena de estudantes universitários na primeira maratona tecnológica para os Ooceanos.
 
“Está tudo por fazer”
 
“Os oceanos apresentam enormes desafios tecnológicos e está tudo por fazer. É determinante envolver as gerações mais novas neste processo, não só no pensamento necessário sobre a problemática dos oceanos, mas também na ação, pois o futuro não se reivindica, constrói-se e isso faz-se desde os bancos da escola”, afirmou José Rui Felizardo, CEO do CEiiA no encerramento da maratona.
As três equipas têm agora 12 meses para desenvolver, testar as suas ideias e transformá-las em protótipos no CEiiA. 
No final da maratona, poucas áreas ficaram fora das análises dos estudantes e do Objectivo de Desenvolvimento Sustentável número 14 das Nações Unidas, que é proteger a vida marinha. Lá estavam o turismo, a navegação, a ciência, o lixo marinho, de plástico, das praias, a conservação das espécies, a educação, a aquacultura, a eólica offshore, entre outras.
Em setembro próximo, também a cidade espanhola de Málaga vai replicar a iniciativa.
Susana Almeida, 13/06/2019
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