Todos sabemos e sentimos que o equilíbrio entre a vida profissional e a vivência familiar pode ser um fator competitivo das sociedades: como podemos estar concentrados no trabalho se existem enormes dificuldades a serem ultrapassadas em nossa casa ou problemas dos nossos entes queridos? Como podemos estar atentos ao que se passa no nosso lar se as nossas preocupações laborais nos acompanham portas adentro e ocupam a mente todo o tempo?
As respostas ao estudo da Egon Zenhder ilustram uma enorme e relevante discrepância das inquiridos, segundo a sua localização geográfica: os participantes das Américas consideram – mais de cinquenta e quatro por cento – que a empresa familiar possui umas atrativas condições de conciliação da vida familiar e profissional, o que é praticamente o dobro dos seus congéneres das regiões da Ásia e Europa.
Tendo presente o conceito tradicional de família que impera na Europa, esta divergência é deveras expressiva, pelo que merecia um estudo detalhado e uma reflexão cuidada do porquê de tal ocorrência.
A CONDURIL é um grupo de empresas que nasce em 1959, pelas mãos de António Amorim Martins. A visão de negócio, uma excelente gestão e a capacidade de crescimento refletem uma das poucas empresas do setor que sempre obteve resultados positivos e distribuiu dividendos aos seus acionistas (com a exceção de muito poucos exercícios).
Com a preocupação de não deixar degradar as condições de vida dos seus funcionários e famílias, quando estes se reformam, em 1989, a empresa criou um fundo de pensões extensivo a todos as colaboradores, e que suporta na sua totalidade.
Ao analisar-se o relatório de Contas de 2014, constata-se que “a CONDURIL – Engenharia, S.A. assumiu compromissos de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez. Para cobrir essas responsabilidades, criou um fundo de pensões de benefício exclusivo para os seus funcionários, cujos encargos anuais, determinados de acordo com cálculos atuariais, são registados em conformidade com a NCRF 28 - Benefícios dos empregados.” O valor do fundo, a 31 de dezembro de 2014, era de 8,2 milhões de euros.
Não é por acaso que, nos últimos anos e por diversas vezes, a sociedade tenha sido eleita uma das melhores para se trabalhar em Portugal, o que também pode ser ilustrado pela elevada percentagem de trabalhadores que estão na empresa há mais de 20 anos.
Esta forma de estar e conduzir a empresa, está em plena consonância com a filosofia da empresa inspirada em Séneca: “Não há ventos favoráveis para quem não conhece o seu rumo”.
- Que condições de trabalho distintas proporcionamos aos nossos colaboradores?
- Os trabalhadores reconhecem essas vantagens proporcionadas pela empresa?
- A estratégia da empresa está em consonância com essas condições?
Especialista em Empresas Familiares
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