Qual a melhor via para a introdução das gerações mais novas?;

Reflexões sobre Empresas Familiares
Qual a melhor via para a introdução das gerações mais novas?
De uma forma mais direta ou menos expressiva, a vontade natural da maioria dos líderes de empresas familiares passa por atraírem os seus descendentes para trabalharem no negócio de família.

Tendo presente esta vontade, é fundamental perceber a forma como ela pode ou deve manifestar-se, isto é, se se trata de um direito adquirido por nascimento ou se está inserida numa estratégia empresarial, que visa captar os mais aptos às necessidades da organização.O estudo da Egon Zehnder verificou que existem dois requisitos comuns e de grande relevância que são considerados para a introdução das gerações maias novas, apesar de ponderações distintas por área geográfica de localização da sociedade, a saber:
  • Realização de estágio ou trabalho prévio na própria empresa;
  • Possuírem uma experiência prévia de trabalho em entidades externas.
Em 1972, José Roquette funda o Esporão - uma empresa familiar assente no valor das pessoas e no seu talento individual e coletivo. Das vinhas aos escritórios centrais, as pessoas são um dos ativos mais importantes do Grupo, que se orgulha de acolher alguns dos melhores profissionais nas suas áreas de especialidade.
João Roquette, filho do fundador e Administrador Delegado do Grupo Esporão, iniciou em 2005 funções na empresa. Trabalhou inicialmente com a equipa financeira e, em 2006, como Administrador não-executivo, promoveu o desenvolvimento de um plano estratégico de 5 anos, propondo uma visão e objetivos renovados para a empresa. Já à frente do Grupo, o Esporão alcançou em 2008 a liderança de vendas em Portugal e Angola e foi considerado, pela 2.ª vez, “Empresa do Ano” pela “Revista de Vinhos”.
Acumula a liderança executiva do Grupo Esporão com as funções de Administrador não-executivo da PrimeDrinks, Vice-Presidente da Viniportugal, Diretor da Acibev e membro do Conselho Geral da CVRA. Nascido em 1974, João viveu até aos seis anos fora de Portugal, primeiro em Inglaterra, para onde a sua família se mudou em 1975, e depois no Brasil, onde viveram quatro anos até regressarem em 1980. Formou-se em Gestão em 1997 e iniciou a sua atividade profissional na Merrill Lynch International, onde desempenhou a função de analista de banca de investimentos. Durante 3 anos participou em diversas operações de fusões e aquisições, financiamento e consultoria envolvendo algumas das maiores e mais prestigiadas empresas ibéricas. Em 2001, decidiu dedicar-se profissionalmente a uma antiga paixão, a música. Vivendo em Espanha, criou uma editora discográfica, ainda hoje ativa, onde editou três álbuns LP de sua autoria. Regressou a Portugal em 2003 dando continuidade aos seus estudos musicais de piano na Escola de Jazz do Hot Club, em Lisboa.

Temas para reflexão:
• Como é que os mais novos conhecem o negócio da família?
• Sentem que é um orgulho ou um dever trabalhar na empresa familiar?
• Necessitam de cumprir alguns requisitos para lá trabalhar ou é um direito adquirido?

António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.es
pt.linkedin.com/in/antonionogueiradacosta/
http://www.facebook.com/ajncosta
 

Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Santiago – Porto   www.efconsulting.pt

Partilhar
Comentários 0