Ministério do Mar aprova linha de crédito de 20 milhões para apoio à pesca e aquacultura
Impacto de medidas do BCE ainda incerto
Portugal pós-“troika”???
Esta democracia representativa está cada vez mais longe do conceito grego de governo pelo cidadão (não por deputados) nos ágoras, assembleias em cada município, onde todos os homens livres tinham liberdade de expressar as suas reflexões sobre os temas vitais para a comunidade, onde cada cidadão votava diretamente nas leis e decretos que a iriam governar. A própria palavra governar, que significava ser responsável pelos vários setores de um Estado, confunde-se hoje com o poder do melhor orador no Conselho de Ministros em convencer os mais influentes ali a permitir a aprovação de uma proposta de lei, contra a promessa intrínseca, raramente verbalizada, de depois calar-se ou aprovar a proposta desse seu colega.
A máquina para eleger um deputado à Assembleia da República custa uns J 250 mil por eleito nos países pequenos, e pode chegar a meio milhão nos grandes. Eles e os seus partidos precisam do apoio dos lóbis, e assim os representantes, com poucas exceções, representam o interesse dos lóbis mais do que o dos seus eleitores.
Uma vez, nos EUA, fui a um jantar num clube de profissionais, com a presença de um congressista. A ele deram uns cinco minutos para falar, enquanto cada sócio que se tinha se inscrito antes teve 4 a 5 min. No final, o presidente resumiu para o congressista aquilo que ele deveria defender, como eleito por aquele grupo, lá em Washington.
Esta representação dos constituintes implica que não pode existir fidelização de voto, implica diferentes opiniões dentro do partido e do hemiciclo, o que contrasta com o conceito de boa governação, mas é fiel ao conceito de “demos-cracia”, governação pelo povo, neste caso pelos que representam os seus eleitores.
Nas próximas semanas, a VE publica excertos de um livro com este título, com oito autores de quatro países. São análises profundas com cenários baseados em investigações feitas em muitos países. Eis a página Governação.
Fala-se muito em democracia económica e equidade de oportunidades. Fala-se ainda de Governação. Políticos usam esta palavra com o mesmo objetivo: simplificar a aprovação de projetos de lei e práticas legais que permitam impor as propostas dos seus governos. Ora, isto assemelha-se muito à ditadura ou oligarquia (reinado imposto por uns poucos). Na UE existe algo que se assemelha à oligarquia, mas, para dar a impressão de que é apenas informação, chama-se lóbi. Este é exercido por fortes corporações ou por associações patronais, e, muitas vezes, por escritórios de relações públicas, quando é do interesse de uma só ou de poucas empresas. Estes atuam junto aos formadores de opinião, como políticos, jornalistas e colunistas. Já os escritórios de advocacia de políticos, ex-políticos, ou parentes próximos destes, atuam nos ministérios, influenciando a redação de propostas de lei, decretos ou normas que as detalham e regulam. Há ainda algumas consultoras que trabalham para os governos e detalham leis para práticas - aquilo que realmente será feito pelo burocrata. E, outras, de informática, que fazem das boas intenções dos governantes software administrativo, que facilita ou dificulta a prática da lei, consoante o desejo de outros clientes, privados, bem pagantes.
Esta democracia representativa está cada vez mais longe do conceito grego de governo pelo cidadão (não por deputados) nos ágoras, assembleias em cada município, onde todos os homens livres tinham liberdade de expressar as suas reflexões sobre os temas vitais para a comunidade, onde cada cidadão votava diretamente nas leis e decretos que a iriam governar. A própria palavra governar, que significava ser responsável pelos vários setores de um Estado, confunde-se hoje com o poder do melhor orador no Conselho de Ministros em convencer os mais influentes ali a permitir a aprovação de uma proposta de lei, contra a promessa intrínseca, raramente verbalizada, de depois calar-se ou aprovar a proposta desse seu colega.
A máquina para eleger um deputado à Assembleia da República custa uns J 250 mil por eleito nos países pequenos, e pode chegar a meio milhão nos grandes. Eles e os seus partidos precisam do apoio dos lóbis, e assim os representantes, com poucas exceções, representam o interesse dos lóbis mais do que o dos seus eleitores.
Uma vez, nos EUA, fui a um jantar num clube de profissionais, com a presença de um congressista. A ele deram uns cinco minutos para falar, enquanto cada sócio que se tinha se inscrito antes teve 4 a 5 min. No final, o presidente resumiu para o congressista aquilo que ele deveria defender, como eleito por aquele grupo, lá em Washington.
Esta representação dos constituintes implica que não pode existir fidelização de voto, implica diferentes opiniões dentro do partido e do hemiciclo, o que contrasta com o conceito de boa governação, mas é fiel ao conceito de “demos-cracia”, governação pelo povo, neste caso pelos que representam os seus eleitores.
Credibilidade e confiança
O segredo ainda é a alma do negócio?
No passado dia 8 de Maio, no Porto, no Seminário “A Propriedade Intelectual na Vida da Empresa”, tivemos oportunidade de abordar, entre outros temas, a questão da divulgação de informação crítica por parte de empresários, criadores e investigadores.
Em matéria de conteúdos potencialmente alvo de direitos de propriedade industrial, convém ou não ter alguns cuidados, sobretudo nos momentos que antecedem a constituição de uma empresa ou a entrada em produção ou lançamento de um novo produto ou serviço?
O exemplo da agricultura
O Euromilhões e a Publicidade Enganosa
Apesar de viver na capital há mais de cinquenta anos, gosto de viajar pelo Norte do país, ou não tivesse eu nascido e criado até aos onze anos no sopé da Lusitânia. Assim, na semana passada, meti-me no carro com destino à região do grande Porto, isto é, a “Invicta” cidade e toda a zona limítrofe. Estendemos, eu e a minha companheira de viagem, a visita até Vila do Conde , Póvoa do Varzim, etc. Como sou um apreciador de café, a popular “bica” (em Lisboa) ou o “cimbalino” (no Porto) e também um adepto e frequentador dos cafés, hábito que me vem desde a minha vida de estudante, procuro juntar o útil ao agradável e só não dou largas à satisfação desses dois hábitos (bebida e estabelecimento), porque a saúde me limitou à toma de duas “bicas” diárias. Nesse sentido, entrei no “Café Aroma Vivo” (agradável até no nome), no Largo das Dores (este já a lembrar quantas dores passam muitos dos poveiros pelas desgraças que o mar lhes traz) e pedimos duas bicas. Como o passeio estava a correr maravilhosamente e porque o café tinha também os jogos da Santa Casa, resolvi apostar no euromilhões, adquirindo duas apostas aleatórias. Pensei e disse para os meus botões, se está tudo a correr tão bem, desde que partimos de Lisboa, estarei então numa “maré de sorte”, por que não arriscar? Afinal, sempre é um “jackpot” de 51,6 milhões de euros, como os cartazes exibiam.
A confiança da banca
O regresso antecipado de Portugal aos mercados responsabiliza os actores económicos para um novo desafio de ambição. As empresas começam a ter um contexto mais estável para o seu trabalho, mas terá que ser a banca a dar um sinal de confiança. As autoridades portuguesas têm que ser firmes na definição de uma “agenda de mudança” que mobilize os agentes empresariais e outros para as reestruturações que têm que ser levadas a cabo. Ou seja. Os agentes empresariais, para utilizar a feliz expressão de Ram Charan recentemente em Lisboa, “têm que reinventar a sua missão, alterar a estrutura de financiamento e projetar novos produtos e serviços para o futuro”. A confiança da banca não pode ser um sinal – tem que ser um acto de compromisso efectivo.
Uma economia feminina
Uma das características do pensamento científico moderno, nas ciências naturais como nas ciências sociais, é a proibição tácita de se falar de Deus. E, no entanto, nenhuma civilização, passada ou presente, alguma vez existiu sem a ideia de Deus. A civilização ocidental ou cristã não é excepção.