STI comemorou 46º aniversário;

STI comemorou 46º aniversário
No dia da comemoração do seu 46.º aniversário, a 11 de maio, o STI – Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos realizou uma conferência  sobre “Inteligência Artificial e o Futuro do Trabalho”, em Lisboa no Auditório do Alto dos Moinhos. O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Félix, marcou presença no evento, onde estiveram também presentes Ana Gamboa e Francisco Rodrigues, presidente e secretário-geral do STI respetivamente, assim como trabalhadores dos impostos, entre outros.

O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos conta com cerca de 10 mil associados e com uma taxa de sindicalização de 70%. Ana Gamboa destacou o facto de neste momento se viver um período crítico, “são muitos os problemas com que o STI se defronta e que estão ainda sem solução, relacionados com as carreiras e com as condições de trabalho, muitos trabalhadores estão impedidos de progredir e aumentar o seu poder de compra. Há falta de recursos humanos, sobretudo devido às reformas sem que haja substituições. Tudo isto gera sobrecarga e cansaço, a que se junta uma idade média muito elevada”. Estes problemas, entre outros, têm conduzido a uma crescente desmotivação dos trabalhadores. Por outro lado, há falta de perspetivas e incerteza quanto ao futuro. Adiantou a dirigente sindical: “O STI desenvolveu recentemente uma campanha de protesto, no mês de março, que está interrompida em maio por ter sido demonstrada por parte do SEAF  a vontade de dar andamento aos processos negociais. Esperamos que saiam resultados das reuniões que estão a ter lugar com a tutela. O sindicato está empenhado nas conversações, no sentido de se garantir um futuro mais próspero”, concluiu.
Ana Gamboa referiu que nos últimos anos se assistido a um rápido desenvolvimento tecnológico, que tem trazido oportunidades, mas também desafios. “Tem permitido uma maior digitalização e automatização dos processos de trabalho. A informatização vai aumentar o volume de trabalho e a complexidade das funções desempenhadas pelos trabalhadores dos impostos. A necessidade de segurança e de formação são desafios que se colocam. É importante reforçar esta vertente, tendo em conta a avançada média de idades que se verifica entre os trabalhadores da AT, sem colocar em causa a sua competência técnica. O impacto da inteligência artificial vai ser muito significativo a diversos níveis, no âmbito do universo laboral”, referiu.
Nuno Félix, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais defendeu que “o sindicato é um símbolo do Estado social de direito, a defesa dos trabalhadores é também a defesa desse Estado social”. Quis deixar um forte elogio aos trabalhadores dos impostos. “Sem trabalhadores não há AT e, como tal, não há receita fiscal e, portanto, Estado.” Quanto à tecnologia, traduziu-se em ganhos de produtividade e melhor qualidade de vida. A AT tem sido um exemplo em termos de tecnologia, tem sido um motor na assunção de novas tecnologias que depois servem de alavanca para a sociedade. O grande desafio é passar dos dados à informação, sendo mais eficientes e eficazes. A tecnologia dá capacidade de atuar sobre os contribuintes. “Tem havido uma série de conquistas nas várias áreas da AT, por via do aumento da produtividade através da tecnologia”, na perspetiva do SEAF. Na sua opinião, os funcionários são o recurso mais precioso na AT. “É importante trabalhar num plano plurianual de recrutamento. Há também uma caminhada de capacitação e formação”, defendeu

Susana Almeida, 18/05/2023
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