Mercado automóvel europeu vai abrandar;

Ainda assim, os veículos elétricos vão continuar a ganhar terreno, devendo alcançar uma fatia de mercado de 20%, no ano que vem, contra os cerca de 14,5% esperados este exercício. A Europa e a sua indústria automóvel estão num período difícil, tendo em conta os desafios da eletrificação e os próximos atos eleitorais. O Continente deve evitar uma fragmentação, face às próximas eleições, devendo antes enveredar por uma abordagem unificada para que a Europa assuma um lugar de primeiro plano na tecnologia elétrica, relativamente aos Estados Unidos e à China. A ACEA apela a uma aproximação nos cinco próximos anos, desde a segurança dos fornecimentos de componentes críticos à formação dos trabalhadores, passando pelos novos empregos criados a partir da eletrificação. Não menos importantes são ajudas públicas à compra de automóveis elétricos.

A associação lamenta que a indústria automóvel seja confrontada, em média, com oito novas regulamentações europeias por ano até 2030, por vezes contraditórias entre si. Também apela a que seja acelerado bastante o ritmo das infraestruturas de carga para responder à procura por parte dos veículos elétricos. A ACEA espera ainda que a tecnologia se torne mais acessível, designadamente com a produção de veículos mais pequenos (como o Clio ou o Polo), possibilitando que mais compradores adiram à eletrificação.