Até sempre
Venho singularmente homenagear um caminhante do mundo com quem a minha vida se cruzou em vários momentos e que, ao partir do nosso convívio, me deixou especial saudade, entre memórias e exemplos que não se poderão jamais esquecer.
João Carlos Peixoto de Sousa (06 de janeiro de 1928 – 17 setembro 2021) foi um grande Senhor em toda a dimensão da palavra. Tão grande que viveu e cultivou a discrição na sua vida, deixando que a sua obra falasse por si, e bem alto, em toda uma comunidade ligada ao Direito e às publicações jurídicas.
Aqui dou testemunho público – e deixo um muito sentido agradecimento – a quem, durante cerca de vinte anos, recebeu nas páginas das suas publicações escritos diversos, e nem sempre pacíficos, sobre a Vida, a Política, o Direito… que fui escrevendo ao sabor de acontecimentos díspares e com laivos de humor nem sempre os melhores. Que me chegaram notícias das suas opiniões, é verdade que chegaram várias vezes, mas jamais houve uma palavra, um sinal sequer, de censura ao por mim escrito ou qualquer tentativa enviesada de conformar liminarmente esses meus textos. Num tempo em que tudo anda de pernas para o ar, também no domínio dos “media” e seus interesses esconsos, João Carlos Peixoto de Sousa foi um homem da Liberdade que deixa um exemplo ímpar. E agora que pegou no vento e se foi, há que continuar o caminho que ele traçou porque aí reside a dignidade da comunicação pública.
Os frutos de uma vida, quando vivida com grandeza, podem colher-se, também, no que a comunidade aceita, abraça e valoriza em permanência. Neste aspeto impõe-se deixar nota do quanto as publicações que criou – e tantas foram – deram origem ao que creio bem ser uma real comunidade de leitores com valores e coesão singulares. Sabemos que o tempo é de comunicação sem comunidade – exceção feita ao tribalismo incauto das redes sociais; os “leitores” deixaram a fidelidade ao seu jornal para trás, há muito solicitados por uma miríade de sugestões alternativas e conflituantes. Ora tenho a convicção de que em torno das várias publicações do “Grupo Editorial Vida Económica” há uma comunidade de leitores muito fiéis e empenhados, constante e entusiasta. Poderão não ser milhões, mas são sinceros cúmplices de um tipo de comunicação jurídica, económica e financeira que, pelo seu conteúdo e sentido pragmáticos, se exprime familiarmente e responde a necessidades óbvias de muitos profissionais.
Estou certo de que na base dos acima invocados símbolos está a figura proveniente de João Peixoto de Sousa que, sendo jurista prestigiado, foi também um incansável divulgador do Direito que se concretizou nas tarefas quotidianas de aplicação ou realização da sua intenção normativa. Muitos lhe estarão gratos porquanto se construíram a si próprios como profissionais também à lareira do saber que este Homem espalhou – os jovens aprendizes e os mestres consagrados a quem foi facilitado o acesso ao conhecimento que, disperso, seria mais difícil de obter.
O caminho faz-se caminhando. Partiu um dos nossos melhores, mas o caminho tem de continuar a ser percorrido.
Com os olhos postos no seu exemplo, que há que honrar.
Aqui dou testemunho público – e deixo um muito sentido agradecimento – a quem, durante cerca de vinte anos, recebeu nas páginas das suas publicações escritos diversos, e nem sempre pacíficos, sobre a Vida, a Política, o Direito… que fui escrevendo ao sabor de acontecimentos díspares e com laivos de humor nem sempre os melhores. Que me chegaram notícias das suas opiniões, é verdade que chegaram várias vezes, mas jamais houve uma palavra, um sinal sequer, de censura ao por mim escrito ou qualquer tentativa enviesada de conformar liminarmente esses meus textos. Num tempo em que tudo anda de pernas para o ar, também no domínio dos “media” e seus interesses esconsos, João Carlos Peixoto de Sousa foi um homem da Liberdade que deixa um exemplo ímpar. E agora que pegou no vento e se foi, há que continuar o caminho que ele traçou porque aí reside a dignidade da comunicação pública.
Os frutos de uma vida, quando vivida com grandeza, podem colher-se, também, no que a comunidade aceita, abraça e valoriza em permanência. Neste aspeto impõe-se deixar nota do quanto as publicações que criou – e tantas foram – deram origem ao que creio bem ser uma real comunidade de leitores com valores e coesão singulares. Sabemos que o tempo é de comunicação sem comunidade – exceção feita ao tribalismo incauto das redes sociais; os “leitores” deixaram a fidelidade ao seu jornal para trás, há muito solicitados por uma miríade de sugestões alternativas e conflituantes. Ora tenho a convicção de que em torno das várias publicações do “Grupo Editorial Vida Económica” há uma comunidade de leitores muito fiéis e empenhados, constante e entusiasta. Poderão não ser milhões, mas são sinceros cúmplices de um tipo de comunicação jurídica, económica e financeira que, pelo seu conteúdo e sentido pragmáticos, se exprime familiarmente e responde a necessidades óbvias de muitos profissionais.
Estou certo de que na base dos acima invocados símbolos está a figura proveniente de João Peixoto de Sousa que, sendo jurista prestigiado, foi também um incansável divulgador do Direito que se concretizou nas tarefas quotidianas de aplicação ou realização da sua intenção normativa. Muitos lhe estarão gratos porquanto se construíram a si próprios como profissionais também à lareira do saber que este Homem espalhou – os jovens aprendizes e os mestres consagrados a quem foi facilitado o acesso ao conhecimento que, disperso, seria mais difícil de obter.
O caminho faz-se caminhando. Partiu um dos nossos melhores, mas o caminho tem de continuar a ser percorrido.
Com os olhos postos no seu exemplo, que há que honrar.
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