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Dados da Jato Dynamics

Emissões de automóveis novos na Europa em pico de cinco anos

As emissões de automóveis novos na Europa tiveram, no ano passado, a média de emissões de CO2 mais altas desde 2014, de acordo com a Jato Dynamics. O crescimento da gasolina face ao diesel, assim como aumento das vendas de SUV, sem uma aceleração forte da eletrificação justificam o cenário.
A consultora indica que a média dos 23 mercados foi de 121,8 g/km (NEDC), uma subida de 1,3% face a 2018, o terceiro crescimento anual seguido. De notar, porém, que a subida do ano passado foi inferior ao aumento de 2,4 g/km de 2017 e 2018.
 
Quatro dos cinco principais mercados da Europa, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália e Espanha, registaram médias de emissões em 2019 superiores às de 2018. Os aumentos variaram entre os 0,8 g/km de Alemanha e os 3 g/km de Itália. A França foi o único mercado a obter melhores resultados, pois a média caiu de 112 g/km em 2018 para 111,1 g/km no ano passado.
Os outros mercados que registaram grandes melhorias nos níveis de emissões foram a Suécia e os Países Baixos. Este último reduziu a sua média em 5,9 g/km, tornando-se o país com a maior resultado mais baixo da União Europeia (excluindo Dinamarca, Portugal e Finlândia, que não podem ser
em comparação com outros mercados, pois eles publicaram dados WLTP em vez de valores NEDC). A melhoria ocorreu, segundo a Jato Dynamics, devido à mistura entre diesel e carros elétricos puros. Em 2018, para cada modelo elétrico registado, houve 2,3 automóveis novos a diesel na Holanda e um ano depois isso mudou para 1,9 elétricos para cada diesel matriculado.
Portugal foi o país que mais reduziu as emissões entre os que já comunicam os dados mais recentes de homologação WLTP. O nosso país reduziu as emissões em 12%, de 105,4 g/km para 83,2 g/km.
Portugal foi, de resto, o campeão entre os três países que já contabilizaram as emissões em WLTP em 2019.
 
Toyota lidera
 
Por marcas, a Toyota mantém a sua posição como a marca do “top” 20 com as menores emissões médias de CO2, com 97,5 g/km de CO2, 2,3 g/km do que em 2018, a maior descida do ranking. O sucesso do fabricante japonês tem na base a sua gama híbrida que representou 60% do volume total da marca na Europa em 2019.
A Citroen foi a marca com a segunda menor média de emissões e conseguiu, também, a segunda menor redução das emissões médias (-1,7 g/km, para uma média de 106,4 g/km). O “top” três por marcas foi fechado pela Peugeot, que subiu a média de emissões de CO2 nas vendas europeia em 0,3 g/km, para 108,2 g/km.
 
 
Aquiles Pinto, 03/03/2020
 
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