Identificar elementos que incrementem a taxa de sobrevivência das empresas familiares
Dada a importância que as empresas familiares desempenham na economia portuguesa, se se conseguir identificar elementos que afetem a sua taxa de sobrevivência, poder-se-á encontrar meios para amenizar os seus impactos.
O estudo “Empresas familiares da Região Norte: Mapeamento, Retratos e Testemunhos”, de 2018, desenvolvido pela UMinho, identificava como uma oportunidade o facto de se poder identificar alguns desses potenciais influenciadores da taxa de mortalidade das empresas familiares.
Uma análise dos dados do INE (Indicadores Económicos e Patrimoniais das Empresas não Financeiros em Portugal, 2008-2016, 2018) relativos à taxa de sobrevivência das empresas, ao fim de 1 a 5 anos após a sua nascença, releva:
Em 1918, Manoel Domingues Poças Júnior constitui com o seu tio a Poças & Comandita, para se dedicar ao comércio de aguardente vínica para produção de vinho do Porto. Em 1932, a título de pagamento de dívidas à firma, recebe a Quinta das Quartas. Quando, em 1942, o Estado Novo assume o monopólio do comércio das aguardentes, Manuel vende as destilarias e dedica-se à produção e exportação de vinho do Porto.
Em 1959, os netos Manuel e Jorge Pintão juntam-se à empresa e, com a sua persistência, conseguem lançar em 1962 o primeiro vintage da companhia (de 1960).
A Poças foi uma das primeiras empresas a investir nos vinhos DOC, lançando em 1990 o Coroa d’Ouro, possuindo atualmente três quintas em excelentes localizações da Região Demarcada do Douro.
Empregando mais de 50 pessoas, para além dos temporários para os períodos específicos de vindima, no ano do centenário, comemorado com um programa cultural, lançou um livro (100 anos, 100 objetos) e um vinho do Porto (Poças 100) com idade entre os 90 e os 100 anos, refletindo sinais de que a família está envolvida no contínuo desenvolvimento do negócio por muito mais gerações.
Temas para reflexão:
Uma análise dos dados do INE (Indicadores Económicos e Patrimoniais das Empresas não Financeiros em Portugal, 2008-2016, 2018) relativos à taxa de sobrevivência das empresas, ao fim de 1 a 5 anos após a sua nascença, releva:
- A sobrevivência a Norte é superior à média nacional;
- Ao fim de 5 anos, mais de 70% das empresas desapareceram;
- A sobrevivência de empresas que, aquando do nascimento, empregavam pelo menos uma pessoa, é superior: 45% vs 30% a Norte e 42% vs 26% a nível Nacional.
Em 1918, Manoel Domingues Poças Júnior constitui com o seu tio a Poças & Comandita, para se dedicar ao comércio de aguardente vínica para produção de vinho do Porto. Em 1932, a título de pagamento de dívidas à firma, recebe a Quinta das Quartas. Quando, em 1942, o Estado Novo assume o monopólio do comércio das aguardentes, Manuel vende as destilarias e dedica-se à produção e exportação de vinho do Porto.
Em 1959, os netos Manuel e Jorge Pintão juntam-se à empresa e, com a sua persistência, conseguem lançar em 1962 o primeiro vintage da companhia (de 1960).
A Poças foi uma das primeiras empresas a investir nos vinhos DOC, lançando em 1990 o Coroa d’Ouro, possuindo atualmente três quintas em excelentes localizações da Região Demarcada do Douro.
Empregando mais de 50 pessoas, para além dos temporários para os períodos específicos de vindima, no ano do centenário, comemorado com um programa cultural, lançou um livro (100 anos, 100 objetos) e um vinho do Porto (Poças 100) com idade entre os 90 e os 100 anos, refletindo sinais de que a família está envolvida no contínuo desenvolvimento do negócio por muito mais gerações.
Temas para reflexão:
- Qual tem sido a nossa política de contratação de empregados?
- A sua idade média indicia uma fidelização e gosto pela empresa?
- O que temos feito para potenciar a continuidade da empresa em mãos da família?
António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
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Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
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