Mudança de geração – solo fértil para cultivar conflitos;

Prevenção e Mediação de Conflitos
Mudança de geração – solo fértil para cultivar conflitos
Vestida a rigor, portátil debaixo do braço e passo determinado – é assim que a sobrinha entra no seu novo escritório. Com o MBA no bolso e a quota maioritária recebida pelos avós, veio para dinamizar e modernizar a empresa, até ao momento gerida pelos tios.
O casal, surpreendido com a decisão dos avós, recebeu-a de braços abertos e viu na formação e juventude dela uma grande mais-valia para o futuro da empresa. A sobrinha encarava os tios como parceiros valiosos, pela longa experiência no negócio. Iniciaram a colaboração com o foco na comunicação aberta e na troca de impressões, com reuniões diárias e uma excelente atmosfera de trabalho. Motivadíssimos e satisfeitos no trabalho, desenvolveram em conjunto a estratégia do futuro.
Ou não foi bem assim? Na realidade, foi um salto para água gelada. Os tios viam a sobrinha como intrusa e trataram-na como tal. O que poderia ela saber do negócio, tão novinha que era, com muita teoria, mas sem conhecer o mercado? A sobrinha via os tios como carga, como empresários antiquados e com conhecimentos ultrapassados. Devido aos preconceitos mútuos, não havia diálogo nem reuniões nem estratégia comum. Não havia motivação nem satisfação no trabalho. A colaboração estava limitada ao inevitável.
Foi mesmo na última que conseguiram dar a volta. A teimosia era tal que os três foram aguentando, dia após dia, semana após semana, mês após mês o péssimo clima de trabalho. Não demorou muito até o conflito pegar fogo e envolver cada vez mais elementos da família. Só quando a má gestão começou a refletir-se gravemente nos resultados, a sobrinha e os tios decidiram procurar ajuda profissional.         
A mediação de conflitos é o melhor método para resolver conflitos entre gerações porque fomenta o diálogo e a compreensão. A mediadora ou o mediador ajuda as gerações a compreenderem e a respeitarem-se: com diferentes técnicas de comunicação, consegue tornar neutros os depoimentos das pessoas em conflito e permite assim uma reinterpretação do sucedido, uma nova postura e maior abertura. Esta abertura permite que as pessoas envolvidas definam como querem conviver no futuro. Comprometem-se no acordo de mediação com pontos mesuráveis.
A mudança de gerações em empresas é um solo fértil para cultivar conflitos. Melhor do que uma mediação é prevenir e convidar profissionais de comunicação para acompanharem o processo: para incentivarem, criarem estratégias e treinarem técnicas de comunicação e, assim, tornarem possível e produtivo o diálogo vivo entre forças conservadoras e progressivas.



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Silke Buss Mediadora de Conflitos Licenciada em comunicação, 07/12/2021
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