Valores de oferta dos apartamentos não sofreram grandes alterações entre janeiro e julho;

Dados do barómetro do residencial
Valores de oferta dos apartamentos não sofreram grandes alterações entre janeiro e julho
Até julho, os valores de oferta dos apartamentos em Lisboa e Porto não sofreram grandes alterações face ao início do ano, exibindo um comportamento semelhante ao registado no período inicial da anterior crise, sentida entre 2010 e 2013, destaca a primeira edição do Barómetro do Mercado Residencial, desenvolvido pela Prime Yield em parceria com o portal CasaSapo/Infocasa e apresentado durante o SIL-Salão Imobiliário de Portugal.
 
Acrescenta, que, nesse período, a oferta, nas duas cidades, observava valores muito distantes dos atuais, chegando-se à atual crise pandémica com os preços pedidos para a habitação em oferta 76% acima de 2010 no caso de Lisboa e 60% no caso do Porto.
De periodicidade trimestral, esta publicação acompanhará o comportamento dos preços dos apartamentos em oferta nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, além de apresentar dados sobre o contexto económico e o mercado imobiliário.
De acordo com o Barómetro da Prime Yield, o valor médio de oferta dos apartamentos em Lisboa atingiu os 4795G/m2 em julho, comparando em ligeira baixa com os 4895G/m2 registados em janeiro deste ano. O valor de janeiro deste ano fica, assim, 76% acima dos 2787G/m2 registados em janeiro de 2010, o ponto de partida do pré-crise anterior. Na total da Área Metropolitana de Lisboa, o valor médio de oferta em julho foi de 2552G/m2, pouco diferindo dos 2512G/m2 observados em janeiro. No agregado da região, tal valor posiciona-se 65% acima dos 1519G/m2 de janeiro de 2010.
No Porto, o valor médio de oferta dos apartamentos alcançou os 3058G/m2 em julho, sem grandes alterações face aos 3012G/m2 de janeiro deste ano. Na Área Metropolitana do Porto, a oferta de apartamentos apresentava um valor médio de 1957G/m2 em julho, também relativamente estável em comparação com os 1876G/m2 de início do ano. Comparando janeiro de 2020 com janeiro de 2010, a diferença no valor médio de oferta é de 60%, no caso do Porto, e de 48%, no caso da sua área metropolitana. No início de 2010, o valor médio de oferta no Porto era de 1873G/m2 e na Área Metropolitana de 1266G/m2. 
De acordo com José Velez, diretor executivo da Prime Yield, “a tendência dominante, no primeiro ano da anterior crise, em torno de 2010, também foi de estabilidade. Depois desse período inicial e ao longo do ciclo que durou até 2013, os valores de oferta em Lisboa e Porto, em timings diferentes, acabariam por ser pressionados, mas com descidas não muito expressivas. Nas duas cidades, as descidas máximas ao longo desse período não chegaram aos 10%”.
Susana Almeida, 22/10/2020
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