Taxas de incumprimento empresarial aumentam na Europa;

De acordo com estudo da Crédito y Caución
Taxas de incumprimento empresarial aumentam na Europa
O incumprimento empresarial está a resultar num agravamento do número de insolvências na Europa Ocidental. 
A Europa está a assistir a um aumento generalizado nas taxas de incumprimento empresarial, de acordo com o barómetro da Crédito y Caución. A Grécia apresenta a mais elevada taxa de incumprimento na Europa Ocidental, que atinge cerca de 3% das transações comerciais entre empresas.
 
O estudo dá conta de um aumento generalizado dos níveis de incumprimento na maioria dos mercados de proximidade. “À medida que o crescimento económico global desacelera e o setor industrial se defronta com a deterioração do comércio, a Europa enfrenta um acréscimo de 2,7% nas insolvências, no ano em curso. O primeiro aumento que acontece na região em vários anos.” Dos 13 mercados analisados, apenas dois revelam uma redução na sua taxa de incumprimento nas transações comerciais entre empresas. Os maiores aumentos – entre 14 e 17 décimas – respeitam à Áustria (para 2,4%), à Suíça (2,3%) e à Alemanha (2,1%). Assim, importa notar que os três mercados germânicos da Europa Central passam de taxas inferiores a 1% para valores superiores a dois pontos percentuais.
A Bélgica, a Suécia ou o Reino Unido sofrem um crescimento de um ponto percentual, o que também representa uma alteração significativa no “risco de incumprimento comercial das empresas portuguesas que exportam para esses mercados”. A Irlanda, a Espanha, a França, a Holanda ou mesmo a Grécia apresentam agravamentos mais ligeiros. O setor agrícola tem o maior aumento da taxa de incumprimento da região (de 1,7% em 2018 para 2,7% em 2019), seguido por máquinas (de 1,2% para 2,4%), bens de consumo duradouro (de 1,1% para 2,0%), eletrónica (de 1% para 1,9%) e serviços (de 1% para 1,8%). “Apesar de serem as mais rápidas na recuperação de pagamentos em atraso, as microempresas da Europa Ocidental registaram um aumento das taxas de incumprimento (de 1% para 1,4%). Este aumento foi ainda mais pronunciado entre as PME (de 1,6% para 2,6%) e as grandes empresas (de 1,4% para 2,4%)”, conclui o estudo da Crédito y Caución.
 
Susana Almeida, 22/11/2019
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