Banca digital já faz parte do quotidiano dos europeus;

Estudo da Mastercard revela
Banca digital já faz parte do quotidiano dos europeus
A análise conclui que um em cada cinco europeus só usa bancos online.
A banca digital já faz parte do quotidiano dos europeus, de acordo com um novo estudo encomendado pela Mastercard à Kantar TNS. A análise, efetuada em 11 países europeus (que não Portugal), revela que seis em cada sete pessoas utilizam soluções da banca digital pelo menos uma vez por mês, sendo que 38% o fazem semanalmente ou mesmo diariamente. 63% utilizam apps de bancos tradicionais e um em cada cinco (20%) trabalha exclusivamente com bancos digitais.
Com o acesso à banca cada vez mais digital, as pessoas exigem segurança mais do que nunca e consideram mesmo este como o principal critério na utilização de serviços bancários digitais (67%). Num estudo semelhante realizado há dois anos, apenas 39% elegeram a segurança e proteção quando questionados sobre essa mesma questão.
Por outro lado, e apesar da conveniência de ter perdido importância no momento da escolha (de 43%, em 2017, para 33%, em 2019), esta ainda é a maior vantagem das soluções da banca digital, por permitirem poupar tempo (66%) e por serem fáceis de utilizar (65%). Quase dois terços dos europeus (63%) também consideram que a procura por soluções financeiras móveis vai aumentar no futuro, uma vez que tornam as transações bancárias mais simples e fáceis. Mas, para isso, os bancos terão que implementar sistema de autenticação multifatorial e outras formas de segurança, como a biometria.
 
“Novo normal”
 
“O estudo confirma que a banca digital, seja através de bancos tradicionais ou exclusivamente digitais, já é o novo normal para a maioria dos europeus, que querem serviços fáceis de utilizar e, ao mesmo tempo, seguros, algo que também já faz parte do nosso normal nas soluções de pagamento que oferecemos aos nossos parceiros. Somos, também, uma referência na inovação digital e o principal parceiro de um número crescente de bancos digitais”, indica Jason Lane, vice-presidente executivo da Mastercard e responsável pelo desenvolvimento do mercado europeu.
Em relação ao futuro dos bancos, um número crescente de europeus revela interesse em mudar para um banco digital (de 49% em 2017 para 54% em 2019), opção ainda mais marcante para os europeus com idades compreendidas entre os 18 e os 29 anos, em que 63% afirma estar a considerar essa mudança. 13% dos europeus afirmam mesmo que vai fazer essa mudança nos próximos 12 meses. Apesar disso, 39% dos europeus (32% em 2017) dizem que vão manter-se com a versão digital do seu banco e quase um em cada dez (7%) europeus já é cliente de um banco exclusivamente digital (a Alemanha lidera o ranking deste tipo de utilizadores, com 14%, seguida pela Itália, com 11%, e Espanha, com 10%).
À medida que os europeus migram para soluções da banca exclusivamente digital, exigem, também, serviços idênticos aos dos seus bancos incumbentes. Os três benefícios que os clientes procuram mais são serviços sempre disponíveis e em qualquer lugar, facilidade de utilização (32%), contenção de custos em tempo real e transparência (25%) e mais flexibilidade (22%).
Em setembro de 2019, a iniciativa de open banking PSD2 entrará em vigor na UE. Isto significa que apps e outros prestadores de serviços poderão aceder à informação bancária de clientes e ainda iniciar pagamentos a partir destas, caso tenha sido dado o consentimento expresso do titular. De acordo com o estudo, a maioria das pessoas (85%) não está a par desta iniciativa ou tem muito pouca informação sobre a mesmo. Todavia, novos serviços digitais possibilitados por open banking são solicitados por muitos europeus: enquanto 13% já usam aplicações móveis que monitorizam as finanças de múltiplas contas bancárias, quase metade deles (43%) gostaria de utilizar uma app para ver, num só lugar, a conta-corrente ou de poupança de todos os diferentes bancos. Mais de um quinto (22%) favorecerá um serviço que consiga ajudar a gerir o seu dinheiro e que dê uma projeção de padrões de despesa, baseada numa análise de todos os registos de despesas anteriores.
 
Os bancos continuam a ser a fonte fidedigna
 
Com a confiança e a segurança como os pilares principais de um ecossistema de open banking, os bancos têm a vantagem de ser, de longe, a fonte mais fidedigna no que toca à disponibilização de informação sobre gestão de capital. 70% dos europeus veem os bancos como a sua fonte preferencial e de referência para este tipo de informação, sendo que um terço ainda pede conselhos aos amigos ou à família. 21% obtêm essa informação dos “media”, 15% de empresas de aconselhamento financeiro e 1 em cada 10 (11%) de apps ou em redes sociais. Entre os mais novos (dos 18 aos 29 anos), 44% referem que procuram informação junto dos seus amigos.
Quando se trata de depositar confiança nos amigos, a maioria dos europeus (72%) não iria ao ponto de partilhar os dados bancários com estes. Apenas um em cada 10 (13%) disse que o faria e a geração mais jovem aparenta ser mais aberta e a confiar mais nos seus amigos (18% entre 18 e 29 anos). Já na faixa etária dos 50-69, apenas 8% partilhariam os seus dados bancários com os seus amigos.
Jason Lane acrescentou que “o estudo mostra que os europeus têm todo o interesse em serviços financeiros online e personalizados, os quais tornem as suas atividades bancárias mais fáceis e transparentes. A iniciativa Open Banking vai ajudar a impulsionar estas inovações. E como a confiança é um fator chave de sucesso, os bancos estão na posição de liderança para proporcionar essas soluções aos seus clientes, porque as pessoas ainda confiam nos seus bancos quando se trata de administrar o seu dinheiro. Neste contexto, as soluções da Mastercard são um fator crítico de sucesso neste processo de transformação que se está a dar na banca, porque permite que os nossos parceiros tirem o máximo proveito das oportunidades oferecidas pela diretiva europeia de pagamentos, a PSD2, além de que os nossos serviços são facilitadores do ecossistema do open banking porque permitem agilizar a relação entre bancos e fintechs”.
 
Susana Almeida, 13/06/2019
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