Grupo VivaGym faz novas aquisições e dá aulas gratuitas para combater o Covid-19;

Grupo VivaGym faz novas aquisições e dá aulas gratuitas para combater o Covid-19
Queremos ser o operador principal em Barcelona, Lisboa, Madrid, Porto, Valência e Zaragoza, afirma Juan del Río.
Depois da aquisição, no final 2019, da Duet Fit, o Grupo VivaGym iniciou o ano de 2020 com uma nova aquisição, desta feita a de dois clubes da rede de ginásios Happy Gym, com sede em Maiorca. Com esta compra, a empresa soma mais quatro mil sócios aos 310 mil que já possuía e aumenta o seu portfólio para 95 ginásios na Península Ibérica. A abertura de novos espaços dependerá, porém, do tempo que durar o isolamento devido ao Covid-19.

O VivaGym Group, do fundo britânico Bridges Ventures, que comprou em 2018 a cadeia de ginásios Fitness Hut e, já no final de 2019, a Duet Fit, uma cadeia de ginásios localizada em Barcelona, e líder deste setor na Catalunha, anunciou recentemente a aquisição de 67% da rede de ginásios Happy Gym, localizada em Palma de Maiorca, Espanha.
Na prática, dois dos três espaços da Happy Gym, neste caso em Son Fuster e Santa Catalina (Palma de Maiorca), serão integrados no grupo, passando a operar com a marca VivaGym. Com esta aquisição, o grupo acresce quatro mil sócios aos 310 mil que já tinha, consolidando ainda mais a sua liderança na Península Ibérica.
Questionado pela ‘Vida Económica’ sobre as razões que motivaram esta aquisição, o CEO do grupo VivaGym adianta que a liderança ibérica passa por “consolidar a nossa posição nos principais mercados onde estamos presentes. Neste sentido, queremos ser o operador principal em Barcelona, Lisboa, Madrid, Porto, Valência e Zaragoza”. Neste sentido, “esta compra vem reforçar este objetivo”, afirma Juan del Río.
Tendo fechado o ano 2019 com um volume de negócios de 85 milhões de euros, o Grupo VivaGym consolidou a sua posição no setor, mantendo uma tendência ascendente desde o seu início. “Os resultados do ano passado foram muito positivos para a empresa, o que fortalece o nosso modelo de negócio e nos permite continuar a crescer”, indica Juan del Río.

Covid-19 condiciona crescimento do grupo

Falando sobre os objetivos para o ano em curso, o responsável afirma acreditar que 2020 será igualmente importante no que toca ao crescimento do grupo em ambos os países, sendo que o objetivo passa por alcançar os 110 ginásios e uma faturação de mais de 115 milhões de euros.
Ainda assim, ressalva o responsável, as metas de crescimento para este ano, quer em termos de volume de negócios, quer em termos de alargamento da marca no mercado, dependerão da normalização da atual situação de saúde pública (Covid-19) que se vive, quer em Espanha, quer em Portugal.
“Neste momento, não estamos a fazer previsões, estamos, sim, focados em proporcionar soluções que nos permitam partilhar propostas de exercícios, com as aulas em formato on-line. Nesta fase, não sabemos o impacto que iremos ter com esta situação, pois vai depender do tempo que teremos de ficar encerrados”, realça Juan del Río.
O responsável revelou ainda que, a partir do momento em que fecharam os ginásios, também as mensalidades dos sócios foram suspensas. Não obstante, a Fitness Hut lançou um sistema de aulas virtuais que podem ser visualizadas através das suas redes sociais. “Esta é uma iniciativa pensada para sócios e não sócios, porque o importante é que todos possam continuar a praticar exercício físico a partir de casa”.
A empresa encontra-se ainda a criar uma página online onde vai centralizar todos os planos de treino com filtros dos objetivos a alcançar (de acordo com o que se pretende, por exemplo, a perda de peso), para um acesso mais rápido e fácil, para sócios e não sócios. E apostará também em parcerias, como por exemplo com a Decathlon, onde irão fazer vídeos em direto nas redes sociais para clientes/seguidores da Decathlon e apostar também na interação com o público, recorrendo à aplicação Zoom.

Novas aberturas suspensas

Desde do inicio do ano o grupo já abriu novos espaços, nomeadamente o clube de Leiria a 12 de fevereiro e o clube de Lumiar a 12 de março.  As próximas aberturas (Cacém e ginásios mais pequenos na Grande Lisboa)  estão  pendentes da evolução da pandemia COVID-19 em Portugal e no resto do mundo.
 Antes deste acontecimento, a estratégia da marca passava por abrir pelo menos seis ginásios nos próximos quatro anos. Nesse contexto, a estratégia do grupo passava pela abertura de ginásios de tamanho mais pequeno, permitindo assim estar presentes em zonas geográficas mais próximas da população, “situação que não é possível com os nossos clubes maiores. Ao conseguirmos adaptar o nosso conceito de ginásios, ‘premium low cost’ a uma estrutura mais pequena, vamos conseguir que outras pessoas consigam ter acesso a uma opção de estilo de vida saudável, mais próximo das suas casas ou trabalho”, explica o CEO do grupo VivaGym. “

 

FERNANDA SILVA TEIXEIRA fernandateixeira@vidaeconomica.pt, 27/03/2020
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