EPAL comemora 150 anos com as contas equilibradas ;

EPAL comemora 150 anos com as contas equilibradas

A EPAL comemora 150 anos “com as contas equilibradas, gerando riqueza para o pais, sem subvenções”, afirma o seu Presidente, José Sardinha, quando uma visita aos vários núcleos do Museu da Água em que a Vida Económica esteve presente. “Continuamos a lançar produtos e serviços inovadores a nível nacional e mundial e, empresas públicas, que lancem produtos e serviços e que os exportem não deve haver muitas”, sublinhou.
Lisboa é um exemplo internacional naquilo que são as inovações introduzidas pela EPAL. De acordo com José Sardinha “somos a primeira cidade no mundo que tem possibilidade de consumo de água bi-horária, com benefícios tarifários por transferir os consumos de água para a noite, em que 95% dos clientes da modalidade de topo atingem o desconto máximo, o que mostra a adesão a uma postura ambiental, em que se cruzam as componentes água e energia”, explica e lembra que “o primeiro cliente que tivemos, quando lançámos este produto, foi o Ministério das Finanças”.  
“Em Lisboa, as perdas de água estão na ordem dos 10%, somos uma das 10 melhores empresas do mundo - Londres está nos 28%, há cidades e capitais europeias nos 30% e a nossa média nacional está nos 40%”, revela em conversa com a Vida Económica.
“Achámos que este know-how devia ser disponibilizado à população, estar na casa das pessoas, e lançámos um produto inovador a nível mundial, o Waterbeep, disponível para qualquer cliente da EPAL”, afirma o presidente da EPAL. “Temos 8300 clientes com Waterbeep, um sistema que informa se as pessoas são eficientes em casa porque, muitas vezes, só sabemos quanto pagamos e a eficiência ambiental mede-se no consumo do recurso”, explica.
“A sociedade tem o compromisso de tudo fazer para concretizar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e, na EPAL, aproveitamos o facto das pessoas nos visitarem [nos vários núcleos do Museu da Água] para dar informação em matéria da sustentabilidade, desde alterações climáticas, reduções de perdas de água, consumos energéticos, economia circular”, salienta José Sardinha.
E exemplifica “fabricamos tijolos com as lamas das nossas ETAS, aquilo que historicamente, por esse mundo fora, é um resíduo, há cerca de um ano, serve para produzirmos tijolos, mais competitivos e que entram no mercado, passando a ter uma matéria-prima, que origina um produto e aumenta a competitividade de empresas nacionais”.

Aqueduto alvo de intervenção de meio milhão de euros

A EPAL fez um investimento de meio milhão de euros nas obras de conservação do Aqueduto das Águas Livres - outro núcleo do Museu da Água - que deverão estar concluídas até ao final do ano, “uma obra única, o maior e mais alto arco do mundo com construção em pedra, em que a intervenção vai permitir que as visitas se façam também pelo interior, com um conjunto de infraestruturas e possibilidade de ver o esqueleto da construção -  um investimento nosso numa infraestrutura pública de grande qualidade que fica disponível para todos”, sublinha.
Está previsto também disponibilizar a Galeria das Necessidades, uma galeria que estava esquecida e que vai desde o Chafariz do Museu das Janelas Verdes até ao Chafariz das Terras, na Lapa, fazendo uma parceria com o Museu Nacional de Arte Antiga que permite aos turistas que visitam o museu mais visitado da cidade ter outro polo de interesse histórico e de sustentabilidade naquela zona.
“Estamos no centro do desenvolvimento da cidade de Lisboa; o Museu da Água é o museu com maior extensão subterrânea do país, a contribuir para a educação ambiental dos lisboetas e conferir à cidade e a Portugal instalações únicas que são um polo de atração para quem nos visita, instalações geradoras de riqueza, porque sem instalações únicas o interesse pela cidade diminui”, afirma o Presidente da EPAL.
A EPAL quer chegar aos 100 mil visitantes nos vários núcleos, abertos ao fim-de-semana à população sem qualquer custo, até ao final do ano no âmbito das comemorações dos 150 anos de existência.
Dora Troncão (agenda@vidaeconomica.pt), 06/09/2018
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