Compras estão a disparar nas plataformas de “social media”;

Estudo da Accenture destaca contribuição da nova geração
Compras estão a disparar nas plataformas de “social media”
Um novo estudo da Accenture revelou que a indústria global de “social commerce”, que representa atualmente o valor de 492 mil milhões de dólares, deve crescer três vezes mais rápido do que o eCommerce tradicional, para $1,2 biliões até 2025. O crescimento deverá ser impulsionado principalmente por utilizadores de “social media” da Gen Z e Millennials, que vão representar 62% do “social commerce” global até 2025.
De acordo com o relatório da Accenture, “Why Shopping’s Set for a Social Revolution”, o comércio social significa que toda a experiência de compra – da pesquisa pelo produto ao processo de check-out – ocorre numa plataforma de social media. Quase dois terços (64%) dos utilizadores de redes sociais inquiridos afirmaram que fizeram uma compra em social commerce no ano passado, o que a Accenture estima que represente quase 2 mil milhões de compradores sociais em todo o mundo.
“A pandemia mostrou o quanto as pessoas usam as plataformas sociais como um ponto de entrada para tudo o que fazem online – notícias, entretenimento e comunicação.” refere Eduardo Fitas, “managing director” da Accenture, responsável pela área de comunicações, media e tecnologia em Espanha, Portugal e Israel. “O aumento constante do tempo gasto nas redes sociais reflete o quão essenciais estas plataformas são na nossa vida diária. Estão a reformular a forma como as pessoas compram e vendem, o que constitui novas oportunidades para as plataformas e marcas em termos de experiências de utilizador e fluxos de receita”.

Benefícios do comércio social na fidelização

Embora a oportunidade seja significativa para grandes empresas, as pessoas e marcas mais pequenas também podem beneficiar. Mais de metade (59%) dos compradores sociais inquiridos afirmaram que estão mais propensos a apoiar pequenas e médias empresas através do social commerce do que quando compram em sites de eCommerce. Além disso, 63% disseram que têm mais probabilidade de voltar a comprar ao mesmo vendedor, o que mostra os benefícios do comércio social na fidelização e no incentivo às compras repetidas.
“O comércio social é uma força niveladora que é impulsionada pela criatividade, engenho e poder das pessoas. Capacita marcas com menor expressão e indivíduos e faz as grandes marcas reavaliarem a sua relevância num mercado de milhões de indivíduos”, salienta Manuela Vaz, Managing Director da Accenture Portugal, responsável pelas áreas de retalho e bens de consumo. “Tomar as decisões certas em relação ao comércio social exigirá que os criadores, revendedores e marcas vão ao encontro ao consumidor, e não o contrário, com os seus produtos e serviços. Significa trabalhar em conjunto dentro de um ecossistema dinâmico de plataformas, mercados, social media e influenciadores para partilhar dados, insights e recursos, para garantir os incentivos certos e a melhor experiência de consumidor num mercado digital integrado.
Contudo, metade dos utilizadores de social media inquiridos indicou que teme que as compras em social commerce não sejam protegidas ou reembolsadas de forma adequada, tornando a confiança a maior barreira para a adoção, tal como aconteceu com o eCommerce na sua fase inicial.

O que estão a comprar os diferentes utilizadores?

O estudo da Accenture prevê que, em 2025, o maior volume de compras em comércio social a nível global seja em roupas (18% de todo o social commerce em 2025), eletrónicos de consumo (13%) e decoração para a casa (7%). Os alimentos frescos e snacks também representam uma grande categoria de produtos (13%), embora as vendas sejam quase exclusivamente na China. O segmento de beleza e cuidados pessoais, embora menor em termos de vendas totais de comércio social, prevê-se que vá ganhar terreno ao eCommerce rapidamente, e representar em média mais de 40% do consumo digital nesta categoria nos principais mercados até 2025.

Susana Almeida, 21/01/2022
Partilhar
Comentários 0