CENFIM cria formação personalizada para as PME ;

O LEARNIT é um projeto “profundamente inovador” e “tem como cliente alvo as pequenas e as microempresas, que não têm capacidade de comprar formação porque a oferta atual não é compatível com os horários de que precisam para um indivíduo que podem dispensar e, neste novo projeto, temos uma oferta extraordinariamente atrativa, na medida em que não vão ter de pagar um formador e uma sala, mas um indivíduo, um formando, num valor hora muito acessível”, refere José Novais.
O mesmo responsável explica que o CENFIM “desenhou a formação de outra maneira, com base em resultados de aprendizagem, em que o drive de todo o processo formativo é aquilo que se tem de saber e não o que se tem de aprender”. E prossegue, “cada indivíduo decide o próprio processo de aprendizagem e o que nós [CENFIM] temos de criar é um ambiente de aprendizagem com suficientes caminhos alternativos para que diferentes estilos de aprendizagem sejam percorridos ao mesmo tempo, mas em estádios diferentes de aprendizagem”.

Mais autonomia ao formando

Para libertar o formador, o CENFIM criou toda uma série de suportes imaginativos, como filmes, soluções CAD, peças modelo que vão descascando camada por camada, para perceber como uma peça se vai fazendo sequencialmente, cartazes, tudo materiais que vão aliviando cada vez mais o formador dessa função. “É fácil ter um formador no centro do processo a falar para 12 formandos, mas não é o mesmo ter um formador a falar para 12 formandos em diferentes estágios de aprendizagem”, frisa José Novais.
O material didático e a própria topologia da oficina, ou seja, o layout, assim como o desenho dos programas de formação completamente originais, que constituem o Learnit – Oficina de Aprendizagem Individual, são da autoria do CENFIM. O projeto formalizou-se a nível europeu, no âmbito do “Erasmus +”, estabelecendo uma parceria com quatro países - Portugal, com o Cenfim; Espanha, com o IMH, Fundación para la Formación Técnica en Máquina Herramienta; Alemanha, o MES, e Finlândia com a Salpaus – todos promovem o intercâmbio com o CENFIM, instituições com as quais o CENFIM promove o intercâmbio de alunos.

“O ideal é que esta resposta seja financiada” “É preciso influenciar os stakeholders porque esta formação vem dar resposta operacional àquilo que são as políticas de formação atuais e, em vez de ser um financiamento por grupos e sala, tendo nós um catálogo de formação que sugere que sejamos criativos e nos adequemos à sociedade e, tendo feito um esforço criativo e pedagógico, é importante a elegibilidade do financiamento não passar por concentrar 15-18 pessoas em sala”, revela José Novais à “Vida Económica”.  “O catálogo de formação baseia-se em ações de formação modular, na fragmentação da oferta de formação para permitir que cada indivíduo faça apenas aquilo que quer fazer, mas se não quiser frequentar um dos módulos como há exigência de 15 formandos para os módulos arrancarem todos em simultâneo, todos os formandos terão de esperar por um outro 15º elemento e quando finalmente se resolver, mudou a disponibilidade dos outros, trazendo uma dificuldade de operacionalização enorme, que leva a que a nossa oferta não seja eficaz e isto resolve-se com regulamentação e financiamento diferentes”. E salienta: “O ideal é que esta resposta seja financiada, como é legtimo esperar, porque esta formação não deve ser um ónus para as empresa e indivíduos”, todavia “o CENFIM irá avançar e esperamos que 2018 já tenha este tipo de resposta”.