Bolsas europeias resistem aos riscos globais
Apesar da multiplicação de fatores de risco, os mercados europeus de ações dão sinais de resistência. Foram mais de oito semanas consecutivas de alta, algo que já não acontecia há cerca de quatro anos. Nem sequer a situação da Itália está a afetar de forma considerável a atividade bolsista. Num mês e meio, a Stoxx 600 registou um crescimento de 6,5%.
A progressão das bolsas europeias está longe de ser geral. Por exemplo, o Dax está atrasado. Houve inicialmente alguns receios, pelo que só recentemente começou a dar sinais de alguma recuperação. Seja como for, mos analistas estão de acordo que existem numerosos fatores de risco e a tendência é mesmo para que se acumulem. Entre esses riscos mais graves contam-se as relações comerciais entre a China e os Estados Unidos, o recuo no acordo do nuclear por parte dos americanos e as questões pertinentes relativamente à evolução da inflação. A situação política italiana também suscita preocupações junto dos investidores.
O que se passa no mercado petrolífero também está a suscitar interrogações. O recente aumento do mercado das ações foi acompanhado de um agravamento do preço do barril do petróleo. Se até agora sustentou os índices das ações, poderá começar a ter um efeito contrário. Com efeito, a volatilidade e os riscos podem afastar os investidores, especialmente das bolsas europeias. O peso do petróleo e da inflação na economia continua a ser muito importante. Se o preço do petróleo continuar a subir, a Reserva Federal vai aumentar as taxas de juro algumas vezes, ainda este ano, com um impacto enorme na economia global.
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