Banco CTT e Bankinter com oferta mais competitiva no crédito à habitação;

Indica análise da ComparaJá.pt para a “Vida Económica”
Banco CTT e Bankinter com oferta mais competitiva no crédito à habitação
O Banco CTT e o Bankinter têm a oferta mais competitiva no crédito à habitação, de acordo com uma simulação feita pela ComparaJá.pt para a “Vida Económica”. A plataforma tem, agora, disponível um comparador para este tipo de financiamento.
Se Banco CTT e Bankinter, seguido do Abanca, têm, de acordo com a ComparaJá.pt, a oferta mais competitiva, no lado oposto da tabela estão Novo Banco, Banco Best e BPI. O diferencial mensal é superior a 68 euros.
O “nosso” cliente bancário é um homem, com 24 anos e trabalhador efetivo, com um salário líquido mensal de 900 euros. O financiamento solicitado é de 95 mil euros para um T1, no Porto, avaliado em 118 750 euros. O prazo de pagamento é de 30 anos e o indexante – Euribor a 12 meses.

“Novamente em força”

Com base neste cenário, a prestação mensal é de 334,47 euros no Banco CTT, de 346,17 euros no Bankinter e de 368 euros no Abanca. Já nas entidades menos competitivas neste comparativo, o valor mensal ronda 402 euros: 402,83 euros no Novo Banco, os mesmos 402,83 euros no Best e 402,78 euros no BPI.
O mercado do crédito à habitação está a recuperar, depois de alguns anos de “acalmia”. Foi, de resto, esse facto que levou a ComparaJá.pt a apostar num comparador desse produto, segundo José Figueiredo, codiretor-geral da empresa. “Os dados recentemente divulgados pelo Banco de Portugal não deixam margem para dúvidas: o mercado do crédito à habitação está novamente em força, tendo os bancos concedido cerca de 5790 milhões em empréstimos à habitação em 2016, um aumento que acontece numa altura em que as instituições bancárias têm aliviado os “spreads”, tornando apelativo o investimento em imobiliário. A nossa expectativa é que nos próximos anos se verifique um crescimento contínuo até estarmos perto dos dez mil milhões concedidos em 2008”, disse à “Vida Económica”.
“Nesse sentido, porque muitos utilizadores nos têm contactado para obter apoio na escolha da melhor solução de crédito à habitação – e atendendo a que somos um dos povos europeus que mais valorizam ter casa própria, sendo prova disso mesmo o facto de 74% das famílias portuguesas contarem com casa própria, quando, por exemplo, na Alemanha apenas 53% detêm a sua casa e na Suíça somente 44% –, o lançamento deste comparador era algo prioritário para o ComparaJá.pt”, acrescenta a mesma fonte.
José Figueiredo afirma-se confiante “de que a facilidade e a utilidade” do comparador de crédito à habitação “irá conquistar os muitos consumidores que nesta fase apelativa em termos de condições oferecidas pelos bancos irão aproveitar para comprar” habitação. “Visto existir uma oferta bastante alargada e diferenciada, o cidadão comum tem dificuldade em identificar o melhor produto para as suas necessidades, pelo que acreditamos que com este comparador poderemos fazer a diferença na vida de muitas famílias portuguesas”, salienta.
“Por outro lado, pensamos que os bancos também podem beneficiar de uma ferramenta como esta no sentido em que podem chegar aos seus clientes de uma forma mais direta e eficaz, evitando custos tipicamente pesados de aquisição de cliente através de marketing de massas e redes de distribuição com custos fixos elevados”, salienta o codiretor-geral da ComparaJá.pt.

“Oferta atualizada”

A banca é dinâmica neste tipo de produtos. José Figueiredo salienta, ainda assim, que a plataforma conseguirá estar atualizada. “Conseguimos garantir que as informações do comparador estão sempre totalmente atualizadas porque temos, por um lado, um conjunto de analistas e editores de conteúdos que seguem diariamente a oferta de todas as instituições do mercado, consultando desde os preçários do Banco de Portugal até aos sites dos próprios bancos”, indica o entrevistado.
“Por outro lado, ao contarmos com um conjunto alargado de parcerias já estabelecidas – o que nos permite acesso privilegiado às atualizações que possam surgir nestes produtos –, conseguimos dar uma resposta muito eficaz ao nível do acompanhamento das mudanças que constantemente ocorrem neste mercado”, acrescenta.
“Complementarmente, a integração dos nossos processos tecnológicos com as instituições bancárias também nos permitem assegurar um elevado nível de fiabilidade nos dados veiculados aos utilizadores”, salienta.

“2008 não deverá repetir-se”

Uma das causas para a crise económica de 2008 a 2011 em Portugal foi o elevado incumprimento bancário das empresas e das famílias, muito do qual devido ao crédito à habitação. A banca está outra vez a apostar neste tipo de financiamento.
José Figueiredo acredita que não há o risco de voltar a haver problemas semelhantes. “O crédito é fundamental para o desenvolvimento e bom funcionamento de qualquer economia, isto quando direcionado para os fins corretos e concedido de forma criteriosa. Hoje a análise de risco por parte do setor bancário é bastante mais detalhada e exigente do que em tempos anteriores. Tem havido um esforço efetivo, tanto dos bancos como das instituições reguladoras, na redução do risco de incumprimento garantindo taxas de esforço mais saudáveis e níveis de endividamento menos acentuados dos seus clientes”, defende a nossa fonte.
O entrevistado admite, porém, que, “com o aumento da procura e da oferta, aumente também a concorrência, o que pode conduzir a maiores riscos. No entanto, estes serão mais controlados do que no passado. Dito isto, nada faz antever que os problemas de 2008 voltem a verificar-se. Mas para que isto seja verdade a banca terá que se manter fiel às normas que entretanto vieram a ser desenvolvidas”.

Aquiles Pinto (aquilespinto@vidaeconomica.pt), 17/03/2017
Partilhar
Comentários 0