AgroCluster e InovCluster lançam AgriEmpreende para potenciar negócios agroalimentares
O Agrocluster do Ribatejo, em parceria com o Inovcluster, lançaram o AgriEmpreende, um projeto considerado “inovador” e que visa potenciar a geração de novas ideias de negócio, a criação de novos produtos e a concretização de novas empresas da fileira agroalimentar no Ribatejo e na região Centro. As candidaturas terminam hoje.
Em entrevista à “Vida Económica”, Carlos Lopes de Sousa, presidente do AgroCluster Ribatejo, revela a ambição da iniciativa: “no final do projeto gostaríamos que estas duas entidades [Agrocluster e Inovcluster] pudessem dar um contributo muito forte a nível nacional para uma nova geração de empreendedores na fileira alimentar”.
Em entrevista à “Vida Económica”, Carlos Lopes de Sousa, presidente do AgroCluster Ribatejo, revela a ambição da iniciativa: “no final do projeto gostaríamos que estas duas entidades [Agrocluster e Inovcluster] pudessem dar um contributo muito forte a nível nacional para uma nova geração de empreendedores na fileira alimentar”.
Vida Económica - Qual é o grande objetivo deste projeto AgriEmpreende e do programa de aceleração direcionado para os que concorram ao concurso?
Carlos Lopes de Sousa - O principal objetivo do AgriEmpreende é criar e dinamizar uma estrutura técnica, de gestão e tecnológica de apoio ao empreendedorismo que potencie a geração de novas ideias de negócio, a criação de novos produtos e a concretização de novas empresas na fileira agroalimentar ou outras, especialmente em empreendedorismo qualificado e criativo. No final do projeto gostaríamos que estas duas entidades [Agrocluster em parceria com o Inovcluster] pudessem dar um contributo muito forte a nível nacional para uma nova geração de empreendedores na fileira alimentar.
O projeto está orientado para potenciar e apoiar o aparecimento de ‘startups’ e acelerar o crescimento de empresas com perfil exportador em setores intensivos em conhecimento ou tecnologia e/ou dos setores cultural e criativo. Os programas de aceleração de ideias previstos visam uma mais rápida transformação das ideias em negócios, sem, no entanto, descurar a devida maturação e preparação de todo o projeto.
VE - Dentro do agroalimentar, quais são os subsetores de atividade em que sente que há potencial de surgimento de novos empreendedores e novos negócios?
CLS - O primeiro programa de aceleração encontra-se previsto para setembro com a realização de ‘workshops’ de capacitação, disponibilização de ferramentas, ‘networking’, mentoria e consultoria especializada e dedicada, de forma a apoiar os empreendedores na aceleração das ideias/negócios. Os subsetores com maior potencial de surgimento e novos empreendedores são a embalagem e os produtos bio.
VE - Sei que vão promover um estudo de tendências de novos negócios. Como vão concretizar esse projeto?
CLS - Está a ser realizado um estudo de tendências a nível internacional, que tem como objetivos fazer o levantamento de um conjunto de tendências que influenciam as economias e as empresas, nomeadamente na forma de fazer negócio. Serão selecionadas as 10 tendências principais (megatendências), que serão amplamente divulgadas.
Do estudo resultará ainda um conjunto de recomendações adaptadas à realidade portuguesa, nomeadamente da região do Alentejo e da região Centro, no sentido da introdução de novas tecnologias e de aproveitamento do potencial de novos negócios que se adequem às empresas nacionais do setor agroalimentar.
VE – E o que se segue, entretanto?
CLS - Após conclusão do estudo serão realizados seminários de divulgação dos principais ‘insights’ gerados pelo estudo, com o objetivo de incentivar o empreendedorismo inovador e criativo junto dos jovens qualificados, o aparecimento de novas empresas na região do Alentejo e na região Centro e a utilização de boas práticas por parte das empresas já instaladas. Tudo numa ótica de mobilização para a inovação e para a internacionalização de negócios.
VE - Certamente estas iniciativas no âmbito do projeto AgriEmpreende são financiadas pelo Portugal 2020. Qual é o montante dos apoios?
CLS - O custo total elegível do projeto é de 985.768,86 euros, apoiado pela União Europeia (FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) em 837.903,53 euros.
VE - E que apoios receberão os projetos vencedores?
CLS - Os projetos vencedores de cada um dos quatro concursos receberão prémios monetários. Os três projetos vencedores recebem, respetivamente, 5.000,00 euros o primeiro classificado, 3.000,00 euros o segundo classificado e 1.000,00 euros o terceiro classificado. Têm também direito a uma pré-Incubação física para desenvolvimento do projeto, em sistema de ‘co-working’ reservado, por um período de três meses, na Startup Santarém ou no CEi – Centro de Empresas Inovadoras. Depois, incubação física (pós-início de atividade) em sistema de ‘co-working’ reservado, por um período de seis meses, na Startup Santarém ou no CEi.
Afirmar a vocação empreendedora do Ribatejo e região Centro
Termina hoje o prazo para apresentação de candidaturas, através do portal www.agriempreende.pt, ao concurso de ideias de negócio no âmbito do projeto AgriEmpreende. A iniciativa tem como entidade líder o Agrocluster do Ribatejo, sediado em Santarém, e como co-promotor o InovCluster, sediado em Castelo Branco. O concurso é direcionado a pessoas individuais com ideias de negócio nas temáticas agro-indústrias e alimentação e tem como objetivos fomentar o empreendedorismo inovador e criativo junto dos jovens qualificados, utilizar exemplos de boas práticas a nível internacional, explorar as caraterísticas distintivas das regiões, apoiar novas empresas numa lógica de aceleração do negócio e apostar na geração de ‘spin-offs’ nos setores mais competitivos da região. Desenvolve-se em três fases: 1) Lançamento da “Call” e receção de candidaturas; 2) Avaliação dos Projetos; 3) Divulgação dos resultados. Em março de 2019 será feito o fórum final do projeto. Carlos Lopes de Sousa, presidente do AgroCluster, realça que “esta iniciativa vai afirmar a vocação empreendedora destas duas regiões e dotá-las das condições técnicas e estruturais essenciais para promover o empreendedorismo inovador e qualificado na fileira agroalimentar”. |