ITELMATIS leva precisão à agricultura
A ITELMATIS está no mercado desde 2002 e opera na conceção e desenvolvimento de inovações tecnológicas de controlo, supervisão e aquisição de dados. Tem “mais de 200 clientes” em diversas áreas da indústria, nomeadamente na agricultura mas, também, na aquacultura, frio industrial, gestão de águas potáveis, águas para rega e águas residuais e, até, na área da gestão de edifícios e indústria em geral. Um desses clientes é o maior viveiro de água doce do mundo, o Aquário do Pantanal, Brasil.
Jorge Luz, fundador e sócio-gerente da empresa, explicou à “Vida Economica” uma das soluções desenvolvidas com a Universidade do Algarve, através do CRIA – Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia. Trata-se do projeto S-Green, um sistema inteligente e integrado de gestão de água em tempo real, particularmente direcionado para a gestão de campos de golfe. Aliás, refere Jorge Luz, cerca de 50% dos campos de golfe nacionais já recorrem à tecnologia da ITELMATIS no domínio da gestão da água.
Para o setor agrícola, a ITELMATIS criou um software inovador, o S-Monitor, com soluções inovadoras e customizadas às necessidades dos clientes no que respeita à gestão da água. “O nosso objetivo é levar precisão à agricultura para conseguir maior produtividade e eliminar o erro humano e a imprevisibilidade”, refere Jorge Luz.
Este engenheiro explica à “Vida Económica” que o S-Monitor “mantém sob vigilância todos os equipamentos”, de modo a “saber o que cada equipamento está a fazer, analisando milhares de parâmetros ao segundo” em bombas, estruturas das estufas, ventiladores, máquinas de fertilização, níveis e pivots de rega, entre outros. Foi concebida para os setores da agricultura, aquacultura e gestão piscícola, gestão de águas municipais, entre outros. Aliás, reforça Jorge Luz, “há poucos equipamentos fixos numa exploração que nós não possamos controlar”.
Questionado sobre o preço de aquisição deste software S-Monitor, o responsável da ITELMATIS garante que, “comparada com outras soluções, não é das mais caras”. Consoante a dimensão do projeto, “o preço pode ir dos 700 euros até aos 500 mil euros”. Ainda assim, diz Jorge Luz, “o preço não é um entrave; o maior entrave é a formação das pessoas”. A empresa dispõe, pois, de técnicos especializados para dar formação adequada, embora “as novas gerações, que já vêm com mais formação, já queiram estas soluções”.