Abraçar o fracasso
O sucesso é fascinante, mas o fracasso ensina-nos mais. A incorporação de uma cultura de erro em grandes empresas exige algumas etapas proativas.
Nas empresas e na sociedade em geral, valorizamos o sucesso. No entanto, os líderes das empresas inovadoras reconhecem que é através do fracasso – o nosso e dos nossos colegas –que se aprendem as maiores lições. Aprendemos mais com o fracasso do que com o sucesso, e é certamente mais memorável. Sem o fracasso, não temos apetite por inovação nem curiosidade para alimentar a descoberta. Se as equipas sentem que há consequências adversas em cometer erros, acabam por afastar-se do risco - e, ao fazê-lo, mantêm o status quo.
Nas grandes empresas, a falha raramente é vista como positiva ou até aceitável. Como Enterprise Strategista da Amazon Web Services posso confirmar a reputação da nossa empresa como uma entidade que suporta e até incentiva falhas - e isso começa bem no topo quando Jeff Bezos diz: "A Amazon é o melhor lugar para falhar".
Na nossa visão ninguém vai suficientemente longe se não falhar ao longo do seu caminho. O Fire Phone da Amazon falhou completamente, mas aprendemos como criar hardware muito complexo e isso ajudou-nos a acertar no serviço de voz Alexa e a desenvolver a linha de produtos de colunas de som Echo.
Nas minhas conversas com diretores de empresas do Médio Oriente, há a ideia consistente de que a construção de uma organização que apoia a ideia de fracasso gira à volta de três áreas principais: incentivar a experimentação, cultivar uma organização onde é seguro errar e aprender com os erros para sermos mais fortes numa próxima fase.
Incentivar a experimentação
Todas as empresas procuram inovar o mais rapidamente para criar novos recursos, mas não sabem como preparar a empresa para o fracasso. Criar uma cultura de experimentação exige lidar com o fracasso e aceitá-lo como uma parte importante do processo. A adoção da nuvem foi um catalisador para permitir que as equipas da Aramex - um fornecedor global de soluções abrangentes de logística e transporte baseado nos Emirados Árabes Unidos - experimentassem, iterassem e errassem rapidamente. Mais, Rihani, diretor de tecnologia da Aramex, diz: “Hoje temos a liberdade de fornecer MVPs (produtos minimamente viáveis) para as mais pequenas ideias para o negócio, testá-los no mercado e, em seguida, avaliar e recomendar se continuam na mesma direção ou passamos rapidamente para outra coisa."
Faça com que seja seguro errar
Gerir fracassos é um equilíbrio difícil. Como líder, é importante dar às pessoas a liberdade de fracassar, sem deixar os erros irem demasiado longe antes de pará-los e corrigi-los. As empresas devem reduzir o custo do fracasso, e isso pode significar diferentes coisas em diferentes empresas. Para o Grupo Chalhoub, retalhista e distribuidora de artigos de luxo, isso significava criar um ambiente seguro dentro do Grupo para novas ideias na forma de uma iniciativa de transformação chamada Shift Chalhoub. Rania Masri, Diretor de Transformação do Grupo Chalhoub, lançou o Ibtikar, uma oportunidade para os funcionários experimentarem e testarem ideias com tempo, financiamento e orientação dedicados, onde os riscos e falhas são esperados e bem-vindos.”
Encontrar as lições a retirar
Errar é uma oportunidade de olhar para trás, perceber o que não funcionou e qual o nosso papel nesse fracasso. É tentador descartar qualquer fracasso e centrar a nossa atenção em projetos que possam oferecer sucessos futuros, mas se não entender por que falhou, pode estar a caminho de cometer o mesmo erro outra vez. No Seera Group, empresa de viagens e turismo saudita, falhar rápido significa aprender rápido. Louise Blake, vice-presidente de dados do Seera Group, diz: “Construímos um modelo de machine learning para prever a propensão de um utilizador para comprar no nosso site, o qual falhou rotundamente no lançamento por não envolver a equipa que utilizava este modelo. Reconhecendo esse erro, hoje testamos com equipas multidisciplinares o desenvolvimento de produtos, desde a fase da descoberta até à implementação, e estamos a ver os benefícios.”
Nem sempre é fácil falar sobre o fracasso, principalmente nos tempos de transformação económica, mas é exatamente nesse momento que as equipas precisam ter certeza de que não há problema em falhar. A história está repleta de exemplos de produtos de sucesso nascidos de experiências fracassadas e o sucesso futuro das empresas é definido pela capacidade de abraçar o erro.
Na nossa visão ninguém vai suficientemente longe se não falhar ao longo do seu caminho. O Fire Phone da Amazon falhou completamente, mas aprendemos como criar hardware muito complexo e isso ajudou-nos a acertar no serviço de voz Alexa e a desenvolver a linha de produtos de colunas de som Echo.
Nas minhas conversas com diretores de empresas do Médio Oriente, há a ideia consistente de que a construção de uma organização que apoia a ideia de fracasso gira à volta de três áreas principais: incentivar a experimentação, cultivar uma organização onde é seguro errar e aprender com os erros para sermos mais fortes numa próxima fase.
Incentivar a experimentação
Todas as empresas procuram inovar o mais rapidamente para criar novos recursos, mas não sabem como preparar a empresa para o fracasso. Criar uma cultura de experimentação exige lidar com o fracasso e aceitá-lo como uma parte importante do processo. A adoção da nuvem foi um catalisador para permitir que as equipas da Aramex - um fornecedor global de soluções abrangentes de logística e transporte baseado nos Emirados Árabes Unidos - experimentassem, iterassem e errassem rapidamente. Mais, Rihani, diretor de tecnologia da Aramex, diz: “Hoje temos a liberdade de fornecer MVPs (produtos minimamente viáveis) para as mais pequenas ideias para o negócio, testá-los no mercado e, em seguida, avaliar e recomendar se continuam na mesma direção ou passamos rapidamente para outra coisa."
Faça com que seja seguro errar
Gerir fracassos é um equilíbrio difícil. Como líder, é importante dar às pessoas a liberdade de fracassar, sem deixar os erros irem demasiado longe antes de pará-los e corrigi-los. As empresas devem reduzir o custo do fracasso, e isso pode significar diferentes coisas em diferentes empresas. Para o Grupo Chalhoub, retalhista e distribuidora de artigos de luxo, isso significava criar um ambiente seguro dentro do Grupo para novas ideias na forma de uma iniciativa de transformação chamada Shift Chalhoub. Rania Masri, Diretor de Transformação do Grupo Chalhoub, lançou o Ibtikar, uma oportunidade para os funcionários experimentarem e testarem ideias com tempo, financiamento e orientação dedicados, onde os riscos e falhas são esperados e bem-vindos.”
Encontrar as lições a retirar
Errar é uma oportunidade de olhar para trás, perceber o que não funcionou e qual o nosso papel nesse fracasso. É tentador descartar qualquer fracasso e centrar a nossa atenção em projetos que possam oferecer sucessos futuros, mas se não entender por que falhou, pode estar a caminho de cometer o mesmo erro outra vez. No Seera Group, empresa de viagens e turismo saudita, falhar rápido significa aprender rápido. Louise Blake, vice-presidente de dados do Seera Group, diz: “Construímos um modelo de machine learning para prever a propensão de um utilizador para comprar no nosso site, o qual falhou rotundamente no lançamento por não envolver a equipa que utilizava este modelo. Reconhecendo esse erro, hoje testamos com equipas multidisciplinares o desenvolvimento de produtos, desde a fase da descoberta até à implementação, e estamos a ver os benefícios.”
Nem sempre é fácil falar sobre o fracasso, principalmente nos tempos de transformação económica, mas é exatamente nesse momento que as equipas precisam ter certeza de que não há problema em falhar. A história está repleta de exemplos de produtos de sucesso nascidos de experiências fracassadas e o sucesso futuro das empresas é definido pela capacidade de abraçar o erro.
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