“O Caçula” aposta na inovação e tradição;

Restaurante familiar do Porto celebra 50 anos
“O Caçula” aposta na inovação e tradição
“’O Caçula’ é a minha casa desde que tenho memória. Cresci enquanto via também crescer este espaço. A minha família adquiriu-o em 1980 e desde aí que reinventamos receitas e sabores”, recorda Jorge Ribeiro. 
 
Questionado sobre o que diferencia este restaurante dos demais, o proprietário salienta que “aqui, cozinhamos e trabalhamos com o coração. Queremos criar uma verdadeira experiência de sabores para quem nos visita. Queremos que se sintam em casa. Diria que a alma é o segredo deste nosso negócio que agora celebra 50 anos. E, por isso, não poderia estar mais orgulhoso”.
A completar meio século de vida, o restaurante ‘O Caçula’ tem neste momento a segunda geração ao leme, inovou sem esquecer a tradição. Situado no coração da baixa portuense, é conhecido pelas suas tapas, pizzas e pela francesinha em massa de pizza. 
Mesmo à entrada da rua de Cedofeita, um prédio centenário, de quatro pisos, com 250 m2 e capacidade para 150 lugares, é a atual morada de um restaurante, tradicional e económico. Inaugurado em 1969, junto à praça D. João I, mudou-se mais tarde para as imediações do Bolhão, na Travessa do Bonjardim. Resistiu à pressão imobiliária até 2011, até “serem expropriados”, relembra Jorge Ribeiro. 
Na nova casa desde 2012, mantém a marca inovadora. Jorge Ribeiro, que desde os oito anos de idade crescera no restaurante, sucedeu aos pais na liderança da casa, que adotou uma filosofia mais urbana e internacional. Com formação na área de hotelaria, trouxe influências do mundo, em particular de Londres, onde viveu quatro anos.
O forno a lenha é o ícone do restaurante e dele sai a fina e estaladiça massa de pizza, acomodando a francesinha tradicional feita com massa de pizza. A carta é diversificada, contando com opções de cozinha portuguesa com um toque contemporâneo como o polvo, ou o bacalhau, mas também pratos vegetarianos, tapas, pizzas e francesinhas em forno a lenha. Desde mesas individuais, esplanada a salas mais intimistas ou para grupos, há um confortável ambiente familiar.
Com o turismo a crescer cada vez mais na cidade do Porto, Jorge Ribeiro deixa apenas uma dica: “é importante a cidade e os agentes da cidade perceberem que é preciso dar sustentabilidade às coisas. Não podemos estar constantemente a fazer coisas novas e a abrir e a abrir, porque muitas vezes isso traz problemas futuros, como é difícil arranjar pessoas para trabalhar, temos de competir constantemente com casas que estão sempre a abrir e a fechar”.
FERNANDA SILVA TEIXEIRA fernandateixeira@vidaeconomica.pt, 20/06/2019
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