“Qualquer medida que pretenda assegurar habitação a famílias é bem-vinda e deve ser incentivada”;

Paulo Morgado, administrador da ERA Portugal
“Qualquer medida que pretenda assegurar habitação a famílias é bem-vinda e deve ser incentivada”
A escassez da oferta que se fez sentir no ano anterior irá influenciar um aumento sustentado de obra nova, considera Paulo Morgado.
Em entrevista, Paulo Morgado destaca que o “SIP refletiu um mercado dinâmico onde há grandes oportunidades de negócio, seja para investidores que pretendam reabilitar imóveis usados como também para o lançamento de obra nova”.
Qual o balanço que faz da participação da ERA no SIP? 
O Salão Imobiliário do Porto é o ponto de encontro dos profissionais do setor imobiliário. Este é um evento dedicado aos profissionais do setor da área do Grande Porto e Norte de Portugal, onde o nosso cliente tem a oportunidade de conversar diretamente com agentes ERA, que trabalham em full-time e estão sempre focados em encontrar a casa com as características que procura. 
Em que tipo de produtos e preços médios assenta a procura?
A principal novidade da participação da ERA no SIP foi o programa de parceria Obra Nova ERA, destinado aos construtores e promotores imobiliários de todo o país. Este é um novo modelo de negócio que apresenta vantagens competitivas quer para o setor do imobiliário quer para o da construção. Este modelo de parceria identifica as melhores oportunidades de construção, partilha relatórios com os preços, por metro quadrado, de construção, tipologias mais procuradas e promove os novos imóveis com as ferramentas de marketing mais eficazes. 
 
Na sua opinião, a edição 2019 refletiu o momento que vive o mercado imobiliário? 
O SIP refletiu um mercado dinâmico onde há grandes oportunidades de negócio, seja para investidores que pretendam reabilitar imóveis usados como também para o lançamento de Obra Nova. Este ano, houve uma grande procura de empreendimentos de obra nova, como o empreendimento BOMPORTO, comercializado pela ERA, que traz já a promessa de ajudar a atenuar a falta de oferta de habitações novas no centro da cidade do Porto. 
 
Qual a sua opinião sobre as medidas de apoio à habitação e ao arredamento acessível?
Medidas como a criação e implementação do Programa de Arrendamento Acessível, incentivos aos arrendamentos de longa duração ou à reabilitação urbana são sempre benéficas para o país, porque têm como principal objetivo facilitar o acesso à habitação. Qualquer medida que pretenda assegurar habitação a famílias que não conseguem pagar os valores das rendas pedidos no mercado, bem como proporcionar benefícios fiscais aos senhorios que pratiquem valores mais acessíveis para essas mesmas famílias é bem-vinda e deve ser incentivada. 
No entanto, grande parte das lacunas que se verificam no mercado resultam da falta de oferta de habitação, pelo que consideramos que seriam necessárias mais medidas que fossem no sentido do incentivo à reabilitação urbana e ao aumento da construção.
 
É visível o arrefecimento do mercado, especialmente em termos da redução de preços nos centros históricos de Lisboa e Porto. Como analisa este facto e que ilações se podem tirar? 
O preço das casas está relacionado com a dinâmica da oferta e da procura. Face à oferta crescente de vários projetos que estão neste momento em fase de construção, admitimos que o preço final das casas vá estabilizar nos próximos tempos. 
 
Na sua opinião, a oferta de habitação nova vai permitir colmatar a lacuna em termos de procura?
A escassez da oferta que se fez sentir no ano anterior irá influenciar um aumento sustentado de obra nova. Este foi um dos motivos que levaram a ERA a criar o programa de parceria Obra Nova, que pretende identificar as melhores oportunidades de construção para construtores e promotores imobiliários de todo o país, contribuindo para um crescimento mais rápido dos negócios.
Susana Almeida, 13/06/2019
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