A importância da manutenção preventiva nos edifícios;

Opinião
A importância da manutenção preventiva nos edifícios
Nos últimos anos, a atividade de manutenção de edifícios tem sofrido uma grande evolução, fruto do aumento do número e grau de sofisticação das instalações e sistemas a manter e também de um maior foco sobre a importância da mesma nas organizações. A manutenção tem- -se adaptado às mudanças. As fases de operação e manutenção visam garantir um bom desempenho dos equipamentos, sistemas e instalações durante a sua vida útil.
 
A chamada manutenção preventiva, realizada a intervalos determinados ou de acordo com critérios estabelecidos, tem como objetivo reduzir ou evitar a falha, a quebra de desempenho, obedecendo a um plano previamente elaborado. A definição da periodicidade da intervenção e eventual substituição de componentes ou de equipamento devem ser estipuladas para cada instalação, no caso de os fabricantes não fornecerem dados precisos de manutenção preventiva. O mesmo equipamento pode ter um comportamento distinto, consoante as condições de exploração e o ambiente em que está instalado. 
Raramente as emergências avisam antes de ocorrerem. Há cada vez mais uma importância crescente na conservação de sistemas de equipamentos. Os equipamentos deterioram-se com o tempo, estão sujeitos a influências externas, como ambientes corrosivos, danos por acidentes e por utilizações negligentes. Por vezes, os equipamentos operam com pouca frequência. Ainda assim, é necessário inspecioná-los e testá-los regularmente para se determinar a sua condição e funcionalidade. É essencial certificar-se que as ações de manutenção asseguraram a máxima disponibilidade dos equipamentos, permitindo a identificação de fragilidades e melhoria da sua operacionalidade, reduzindo o número de avarias.
É um ganho enorme em segurança detetar uma condição inaceitável nos equipamentos e sistemas antes de uma emergência e não durante o desencadear da mesma.
Um edifício de média ou grande envergadura tem, hoje em dia, características de complexidade e exigências operacionais que apelam a uma gestão técnica esclarecida, nomeadamente na sua exploração e conservação. Para que a sua deterioração seja minimizada e para que o mesmo consiga atender aos requisitos para que foi projetado é necessário realizar atividades de manutenção com periodicidade adequada.
Podemos dividir os edifícios em diferentes tipos: de serviços (públicos ou privados), industriais (fábricas e unidades de produção) e habitacionais (condomínios). As responsabilidades do gestor das instalações podem variar consoante a dimensão do edifício. Devido à complexidade dos equipamentos que garantem a funcionalidade de um edifício, o gestor deverá ter uma grande preparação na manutenção preventiva. Deverá ser capaz de efetuar uma gestão económica e financeira e ao mesmo tempo corresponder às exigências do negócio, implementando uma filosofia de racionalização de espaço, gestão da manutenção e redução dos custos de exploração.
Atualmente, a manutenção preventiva dos diferentes tipos de edifícios vai ao encontro das políticas da União europeia para o século XXI, orientadas para um maior desafio do ponto de vista ambiental e proteção do consumidor. Em Portugal, as primeiras preocupações com a manutenção de edifícios surgem no Estado Novo com o Plano dos Centenários dos edifícios escolares. Hoje em dia, temos vindo a adotar as diretivas e a legislação comunitária, havendo uma preocupação generalizada com a manutenção preventiva quer dos edifícios quer das suas instalações. Estamos no bom caminho!
Bernardo Cabral Meneses Diretor Centro Comercial Évora Plaza, 22/02/2019
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